As vítimas do acidente com um helicóptero que aconteceu no sábado de manhã, próximo de Campos do Jordão, no Pico do Itaipava, foram enterradas hoje em Itapira (SP), Campinas e Paranavaí (PR). Os seis corpos foram resgatados no domingo (25), por volta das 15 horas, e removidos no final da tarde e levados para o IML (Instituto Médico Legal) da capital paulista. Três pessoas moravam em Campinas, os dois pilotos e a arquiteta Letícia Telles.
Segundo nota oficial da Indústria Farmacêutica Cristália, que possui unidades em Itapira e proprietária do helicóptero que caiu, quatro das vítimas eram da cidade: a sócia e vice-presidente do Conselho da empresa, a médica Kátia Stevenatto Sampaio, o marido dela e também médico, Paulo Sampaio, o empresário do ramo de marcenaria Ronoel Sholl, e a arquiteta Letícia Telles, que apesar de morar e trabalhar em Campinas, era itapirense.
Eles estão sendo velados no Ginásio Municipal Benedito Alves de Lima, o Itapirão, desde às 6 horas da manhã, quando o velório foi fechado para as famílias. O enterro acontecerá por volta das 16h, de acordo com informações da Cristália.
A médica Kátia Stevenatto Sampaio, vice-presidente e sócia do Laboratório Cristália, e o marido dela e também médico, Paulo Sampaio
A arquiteta Letícia Telles e o empresário, Ronoel Scholl, no helicóptero, antes da saída para Campos do Jordão
Por serem muito amigos e trabalharem juntos há alguns anos, os corpos dos pilotos Antonio Landi Neto e Juliano Martins Perizatto estão sendo velados em Campinas, no Cemitério Parque Flamboyant. O enterro de Perizatto, conhecido como Didi, acontece às 14 horas.
Juliano Martins Perizatto, era piloto há alguns anos e trabalhou para a EMS de Hortolândia
Nesse mesmo horário, o corpo de Landi Neto, que morava com esposa e três filhos em Campinas, será levado para Paranavaí, onde nasceu e moram seus pais. Ele era chamado pelos amigos e familiares de Tunico. De acordo com informações, o enterro será amanhã.
Antonio Landi Neto, vai ser enterrado em Paranavaí (PR), onde nasceu e moram seus pais
ACIDENTE
A queda aconteceu por volta de 11 horas da manhã, em uma propriedade particular, que dá acesso ao Pico do Itaipava, na Serra da Mantiqueira, a cerca de 12 km de Campos do Jordão. Segundo o Corpo de Bombeiros, na hora que o helicóptero desapareceu, chovia e tinha muita neblina. Devido ao mau tempo e por ser a área de difícil acesso, a aeronave só foi localizada cerca de 8 horas depois do acidente.
A polícia científica e representantes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) informaram que não houve explosão e que a aeronave deve ter caído de bico no chão, já que estava praticamente com 2/3 de cabina enterrada no barranco onde foi encontrada.
A aeronave só foi encontrada 8 horas depois da queda
Logo após a aeronave ter sido localizada pelo Corpo de Bombeiros e confirmado que não havia sobreviventes, a Cristália realizou uma coletiva de imprensa, em Itapira, na sede da empresa, no sábado, às 20h30, dada a comoção em toda a cidade e também pela repercussão do caso na mídia nacional.
A empresa já havia emitido uma nota, logo após ser notificada do desaparecimento do helicóptero, por volta das 11 horas da manhã, mas com poucas informações.
Durante a entrevista coletiva, Eduardo Job, presidente-executivo da Cristália, explicou que as vítimas estavam indo para Campos do Jordão, para avaliar uma reforma na casa que Kátia possuia na cidade. Por isso, Letícia e Ronoel estavam juntos na aeronave.
O presidente-executivo da empresa disse que a aeronave, modelo Agusta AW109SP Grand New, com prefixo PT-FPS, tinha capacidade para seis passageiros, mais piloto e co-piloto, e dois anos de uso. A última revisão foi realizada no dia 14 de novembro.
Job informou também que os pilotos Landi Neto e Perizatto tinham retornado recentemente de um período de treinamento realizado na Europa exatamente para saber como agir em situações extremas.