terça-feira, 15 abril 2025
BATALHA

‘Você não deve desistir’, diz adolescente de 13 anos que enfrenta leucemia pela terceira vez em Americana

Ela aguarda transplante de medula óssea; saiba como ajudar
Por
Nicoly Maia

Marcela Dearo Ribeiro, uma adolescente de 13 anos que adora conversar, é um exemplo de coragem e determinação. Com um sorriso no rosto e simpatia cativante, ela enfrenta, pela terceira vez, o tratamento contra a leucemia.

Seu primeiro diagnóstico ocorreu quando tinha apenas 6 anos, após um mal-estar e o surgimento de manchas em seu corpo. O tratamento e a manutenção duraram cerca de um ano e meio, até que, em outra análise médica, uma nova alteração foi detectada.

Marcela no primeiro tratamento contra a leucemia. Foto: arquivo pessoal

“Descobrimos que a leucemia havia voltado pela segunda vez e que o tratamento seria mais agressivo, pois a doença retornou. O processo seria mais delicado, pois isso indicava que algo poderia ter permanecido no organismo sem ser detectado”, explica Marcela.

O segundo diagnóstico veio em 2022. Ela conta que, já mais velha, passou a entender melhor a gravidade da situação, o que tornou o processo ainda mais difícil. “Quando descobrimos, minhas amigas fizeram questão de ir comigo cortar o cabelo. Todas tinham o cabelo grande, passamos por tudo juntas, mesmo eu sofrendo mais”, relembra ela.

Marcela passa pelo segundo tratamento contra a leucemia. Foto: arquivo pessoal

Em março de 2025, após um exame de rotina para encerrar a manutenção de dois anos, Marcela foi diagnosticada novamente com leucemia. Agora, ela precisa de um transplante de medula óssea, que consiste na substituição da medula óssea doente ou deficiente por células saudáveis de um doador compatível.

Andréa Dearo, mãe de Marcela, comenta o caso. “É muito difícil receber o primeiro diagnóstico e ter que enfrentar um lugar desconhecido, como o hospital. Alguns dizem que o segundo diagnóstico é mais fácil, mas não é. Quando você já sabe tudo o que vai passar, é ainda mais desafiador. Agora, o transplante é uma grande incógnita. Vamos enfrentar isso sem saber exatamente como será.”

Mãe, Andréa Dearo, e sua filha, Marcela. Foto: arquivo pessoal

A mãe de Marcela e o pai, Marcelo Ribeiro, possuem compatibilidade com a filha e provavelmente serão doadores. Também serão avaliadas outras opções com maior compatibilidade através do REDOME (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea), um sistema que cruza os dados de pacientes e doadores cadastrados para encontrar as melhores compatibilidades.

Para Marcela, a parte mais difícil do transplante será o pós-operatório, que exigirá um longo processo de recuperação. Ela permanecerá internada no hospital por cerca de quatro meses.

Marcela tem um grande sonho: tornar-se médica oncológica. Ela quer ajudar pessoas que enfrentam as mesmas dificuldades que ela já superou. “Não é porque a doença voltou uma, duas ou três vezes que você deve desistir. Você precisa seguir em frente, acreditar que tem um propósito. O meu é trabalhar nessa área e mostrar que, se eu venci três vezes, você também pode. Enquanto houver um caminho e uma luz, há esperança.”

A doação de sangue e o ato de se cadastrar como doador de medula óssea podem transformar vidas e dar esperança a quem enfrenta essa batalha. Aqueles que desejarem apoiar a Marcela com orações, mensagens de apoio ou contribuições financeiras, podem entrar em contato com sua mãe, Andréa, pelo telefone (19) 99965-3082.

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