Decreto assinado pelo prefeito Omar Najar (MDB) publicado ontem autoriza a volta às aulas presenciais da rede estadual e privada a partir de 3 de novembro, de forma gradativa. As aulas da rede municipal seguirão remotas até o fim do ano.
É a quinta e última cidade da região a descartar a volta de aulas presenciais a partir do dia 7 de outubro na rede municipal.
O governo do Estado autorizou a volta das aulas presenciais a partir de 7 de outubro e deu autonomia às prefeituras. O decreto de Americana, assinado na segunda-feira (28), dá autonomia às escolas estaduais e particulares a voltarem em novembro, desde que 35% ou mais dos alunos concordem com o retorno presencial.
A pesquisa com demonstração de interesse de retorno presencial e o protocolo sanitário deverão ser enviados, através do protocolo digital da prefeitura, ao Comitê de Gestão de Crise Covid-19 para avaliação.
As unidades educacionais de ensino que optarem pelo retorno gradativo das atividades presenciais deverão observar e fazer cumprir todas as demais normatizações que vierem surgirem, aponta o decreto.
As aulas da rede municipal de ensino continuarão apenas à distância até o fim do ano após “consulta pública realizada junto à comunidade escolar em agosto e setembro deste ano”, destacou a publicação.
O resultado, por unidade escolar, será disponibilizado no site da Secretaria de Educação em até dez dias.
REGIÃO
Santa Bárbara d’Oeste informou ontem que manterá as aulas da rede municipal de ensino à distância, através de videoaulas. O Executivo barbaranese permitirá que as escolas particulares e estaduais tenham liberdade para seguir o governo do Estado, que autorizou a volta das aulas presenciais do ensino médio e do EJA (Educação de Jovens e Adultos) a partir do dia 7 de outubro e do ensino fundamental em 3 de novembro.
As prefeituras de Nova Odessa e Sumaré já haviam descartado a volta das aulas presenciais em outubro e liberaram apenas o retorno em escolas particulares.
Hortolândia já liberou a volta das aulas de instituições privadas e descartou no meio do mês o retorno das aulas presenciais na rede municipal de ensino no dia 7 de outubro.
Na sexta (25), questionada sobre datas e novas decisões, a prefeitura disse que segue avaliando diariamente o cenário municipal.
Apeoesp critica retorno
A diretora da subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) em Americana e região, Zenaide Honório, criticou as decisões das prefeituras da região de permitirem a volta das aulas presenciais para escolas privadas e a possibilidade em escolas estaduais.
“As prefeituras estão cuidando de seus currais eleitorais, sem levar em consideração que a população da escola pública estadual, também é munícipe. Lavaram as mãos, mas se alguém for contaminado será nas cidades que governam. O governador joga a responsabilidade aos prefeitos e estes por sua vez, devolvem ao (João) Doria (governador)”, aponta.
Zenaide voltou a frisar. “Sem vacinar toda a população e controle da pandemia as escolas não têm condições sanitárias de retorno presencial. A população envolvida é muito grande, muitos moram ou convivem com idosos e grupos de risco”, apela a diretora, que completou:
A Secretaria Estadual de Educação informou que o governo de São Paulo planeja a retomada das aulas pautado “em medidas de contenção da epidemia, seguindo as recomendações sanitárias do Centro de Contingência do coronavírus”.
A Secretaria de Educação informa ainda que adquiriu “uma série de insumos destinados tanto aos estudantes quanto aos servidores.