O prefeito de Hortolândia, Zezé Gomes (Republicanos), exonerou nesta sexta-feira (14) o vice-prefeito Carlos Augusto César, o Cafu (PSB), do cargo de secretário municipal de Governo. A decisão ocorre em meio à repercussão da Operação “Coffee Break”, deflagrada na última quarta-feira (12) pela PF (Polícia Federal), MPF (Ministério Público Federal) e CGU (Controladoria-Geral da União).
Outros dois nomes do primeiro escalão e um de segundo escalão que aparecem na investigação também foram exonerados. Nos quatro casos, as exonerações dos cargos de confiança foram feitas “a pedido” dos próprios exonerados, conforme as portarias publicadas no Diário Oficial. Cafu mantém, no entanto, a posição de vice-prefeito, para a qual foi eleito juntamente com Zezé em 2024, mas sem fazer parte da estrutura administrativa do poder executivo municipal.
Até o fechamento desta reportagem, Cafu César permanecia preso preventivamente pela Justiça Federal de Campinas. Seu advogado, Ralph Tortima Filho, adiantou que ingressaria ainda nesta sexta-feira com um pedido de habeas corpus junto ao TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), em São Paulo, visando a libertação imediata do seu cliente.
Mais Exonerações em Hortolândia
Também foi exonerado pelo prefeito hortolandense na edição desta sexta-feira do Diário Oficial Eletrônico do Município o secretário municipal de Educação, Fernando Gomes de Moraes. Ele é outro agente público da Prefeitura preso preventivamente pela PF na quarta-feira.
Também citado na Operação “Coffee Break”, a reportagem não conseguiu localizar a defesa de Moraes para comentar sua situação, mas o espaço permanece à disposição.
Uma terceira exoneração ligada à investigação federal sobre a suposta compra fraudulenta de materiais didáticos da empresa Life Tecnologia Educacional Ltda é a do secretário municipal de Habitação, Rogério Mion. Por fim, foi exonerada “a pedido” a diretora do Departamento de Almoxarifado e Patrimônio, Carla Ariane Trindade, também citada nos documentos da “Coffee Break”.
É importante destacar que, até este momento, a PF não informou oficialmente quais suspeitas ou acusações recaem sobre os nomes já divulgados. Todos eles estariam envolvidos, no entanto, no suposto esquema de fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, superfaturamento e tráfico de influência, que teria movimentado cerca de R$ 128 milhões em recursos públicos de prefeituras desde 2021, incluindo as de Hortolândia, Sumaré, Morungaba e possivelmente Limeira.
Em Sumaré, Ex-Secretário Segue Foragido
Também citado na investigação, o ex-secretário de Educação da Prefeitura de Sumaré na gestão anterior, José Aparecido Ribeiro Marin, segue foragido da Justiça Federal. Ele é um dos seis nomes alvos de mandados de prisão preventiva expedidos no âmbito da Operação “Coffee Break” e o único que ainda não foi localizado e detido pela PF.
