Bate-papo e brincadeira. Tudo de sua casa. Gravação à distância, direção à distância, edição à distância. Uma conferência entre amigos, só que com famosos. Essa é a proposta do programa “Cada Um No Seu Quadrado”, que estreou sexta-feira (3) no Globoplay, com Fernando Caruso e Paulo Vieira.
Os dois comediantes são os anfitriões, e receberão pessoas famosas para falar de suas vidas e brincar. A ideia é que seja uma espécie de mesa de bar com jogos de adivinhação, busca por objetos, entre outros. Tudo vira brincadeira e uma história para contar, desde um telefone tocando até martelada na parede do vizinho.
Segundo Vieira, o programa é “uma resposta às nossas carências, mas também um tratamento contra elas. Estamos todos em casa, carentes, precisando encontrar amigos e precisando ser salvos”.
A criadora e roteirista do projeto, Daniela Ocampo, tem a mesma opinião, e chega a apontar a leveza do projeto como um diferencial diante de tantos programas desenvolvidos especialmente para este período de quarentena.
Ao todo, serão oito capítulos, disponibilizados um a cada sexta-feira, com convidados como Fafá de Belém, Mateus Solano, Fabiula Nascimento, Lucio Mauro Filho. Cada um receberá em sua casa um kit para participar da brincadeira, além dos equipamentos para gravação, já que cada um ficará responsável pela sua.
Por causa da pandemia do novo coronavírus tudo ganha um tratamento especial. Mesmo com todos em casa, separados uns dos outros, a produção afirma que até os kits ficam três dias em quarentena na casa de cada um. A medida exige um planejamento maior, mas todos são compreensíveis, completa Gleiser.
A ideia dos jogos, porém, não é promover competição. Não haverá necessariamente ponto ou prêmio, mas, sim, oportunidades de novas conversas, piadas. Segundo os apresentadores, o ambiente descontraído e o fato de estar cada um em sua casa faz com que os artistas fiquem mais a vontade e falem mais de suas vidas.
O problema fica por conta do roteiro. Apesar de reuniões e preparo da equipe, muito é criado na hora, no desenrolar das conversas e das brincadeiras. “É como uma minifesta. A gente começa quebrando o gelo, bate-papo, ganha intimidade, pode ter um mico, e o final”, diz Caruso.