O sexto “Exterminador do Futuro” retoma a franquia a partir do segundo longa, de 1991. O que aconteceu no terceiro, quarto e quinto filmes pode ser jogado fora. E realmente não se perde muita coisa.
James Cameron ficou 28 anos afastado da produção da saga. Com os direitos da história novamente em suas mãos, reúne as coisas mais legais dos dois primeiros longas e faz uma aventura da pesada.
O que se passou nos outros filmes deixa de existir, pois um exterminador volta aos anos 1990 e mata o ainda adolescente John Connor. Sarah, sua mãe, vai retomar as armas porque um novo exterminador, mais de 20 anos depois, chega do futuro.
Mais moderno e mortífero do que qualquer outro da saga, o robô Rev-9 tem a missão de matar a jovem mexicana Dani Ramos. Outra mãe de um futuro revolucionário?
Desta vez, é um trio feminino que foge do exterminador: Dani, Sarah e Grace, uma humana que vem do futuro e tem partes robóticas em seu corpo. Sua missão é proteger a garota.
Aí, como todo mundo sentado no cinema já sabe, um exterminador velhão, um T-800, vai aparecer para ajudar as mulheres em fuga. Agora casado e usando o nome Carl, o personagem de Arnold Schwarzenegger é incompreensível. Como uma máquina desenvolve amor pelas pessoas? Por que um robô exterminador tem barba?
Mas qualquer pergunta é desprezada diante de tanta ação filmada de modo espetacular. Apenas a primeira perseguição, quando Grace e Dani fogem de um trator gigantesco num jipe, é uma das melhores cenas de destruição múltipla de carros do cinema.
Também vai para antologias a impressionante sequência passada nos anos 1990, com Schwarzenegger e Linda Hamilton ainda novinhos. A juventude obtida em computação gráfica prova que atores estão na fila da obsolescência.
O ritmo de “Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” é montanha-russa. A ação só abre exceção para um brevíssimo entreato numa casa de campo. O resto do tempo é um videogame fora de controle. Este sexto filme ficou sensacional.