sexta-feira, 22 novembro 2024

Sonic está de volta

Demorou muito. “Sonic” é um game de sucesso desde 1991. O ouriço azul superveloz ficou para trás na corrida de adaptações de jogos de computador para o cinema. Muitos outros personagens chegaram antes dele. Mas até que valeu a pena a espera.
“Sonic: O Filme” é movimentado, bem divertido e praticamente irresistível para quem está trintão ou quase quarentão.
Sabendo que têm nas mãos um produto muito conhecido por um grande público potencial, os realizadores não perderam tempo com muitas explicações. Bastam umas duas ou três cenas para a trama ser delineada, sem dar muita bola para o passado extraterrestre de Sonic. Afinal, quem precisa de muitos detalhes sobre a origem de um bicho nascido em pixels?
Em poucos minutos, o espectador já fica sabendo que Sonic veio para a Terra e vive escondido numa cidadezinha americana. Mora numa caverna, próxima à casa do jovem xerife boa-praça do local, Tom Wachowski. Sonic se considera praticamente da família, assistindo a filmes na TV com Tom e sua mulher, mas faz isso escondido junto à janela, sem deixar que os humanos o vejam.
Quando um cientista malvado e malucão descobre a presença de uma força estupenda em algum lugar da cidade, Sonic acaba revelando sua presença para Tom. Meio sem querer, o policial vai ajudar o alienígena azul a fugir do Dr. Robotnik, disposto a dissecar Sonic para entender de onde vem o poder que dá ao ouriço sua supervelocidade.
PONTO GANHO
Se o game é uma corrida sem fim, com o jogador guiando Sonic por cenários diferentes em busca de anéis dourados que dão a ele mais poder, o roteiro do filme acerta em manter essa premissa de pega-pega. E ganha pontos ao incluir algumas cenas bem sacadas.
O herói azul é fofo. Quem assistir ao filme na versão com legendas vai ouvir a voz de Ben Schwartz, da série humorística “Parks and Recreation”. Ele ajuda bastante a criação de um Sonic que tem alguma coisa do Pernalonga em seu jeito de ser.
James Marsden, o Ciclope dos filmes dos X-Men, não precisa de muito esforço para compor um simpático Tom.
Mas quem atrai atenções, para o bem e para o mal, é Jim Carrey como Dr. Robotnik. Como sempre faz em sua longa galeria de homens maus em filmes infantis, Carrey atua em overdose. Sua personificação do vilão é tão intensa que cansa o espectador.
Descontrolado nos clichês, acaba parecendo mais irreal do que seu oponente azul.
Vale um aviso: uma pequena cena entre os créditos finais já sinaliza de forma explícita que o segundo filme de Sonic chegará logo às telas.
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