sexta-feira, 26 abril 2024

5 queijos brasileiros a se experimentar

O Clube Gourmet convidou o gastrólogo Tiberio Gil, docente do grupo UniEduk e atuante no mercado de alimentos e bebidas há 23 anos, para listar 5 queijos brasileiros que temos de experimentar ao menos uma vez na vida

 Nos últimos anos, os queijos artesanais brasileiros vem ganhando grande destaque, com premiações nos principais concursos nacionais e internacionais. Mas, apesar da riqueza da produção queijeira artesanal brasileira, é bem provável que poucos conheçam e consumam essas iguarias. Pensando nisso, o Clube Gourmet convidou o gastrólogo Tiberio Gil, docente do grupo UniEduk e atuante no mercado de alimentos e bebidas há 23 anos, para listar 5 queijos brasileiros que temos de experimentar ao menos uma vez na vida.

Conforme o chef e docente, especialista em produtos artesanais, o mais importante, na hora de escolher, é pensar o que vamos fazer com esse queijo: se será consumido sozinho, utilizado como acompanhamento ou em preparações, por exemplo. Outro ponto importante é “sair da rotina, experimentar novas sensações, novos sabores, para que possamos ganhar bagagem e aproveitar o que cada queijo oferece”, orienta Gil.

Vamos à lista!

1 – Queijo Cuesta Azul, produzido na Fazenda Sant’Anna em Pardinho (SP

“Tem notas de mofo azul, com uma textura um pouco mais firme, maturado em prateleira de madeira, e outras notas diferentes, que vão da casca amarga até o interior adocicado, mais amendoado. Combina muito bem com bebidas que lembram o sabor do mel: hidromel, cerveja com notas de mel e licores”.

2 – Queijo Tulha, produzido na Fazenda Atalaia, também de São Paulo.

“Lembra muito o parmesão, queijo de denominação de origem, tem massa mais curada, mais quebradiça, e cristais de sal dentro, formados pela própria cura. É um queijo excepcional, que vale a pena todo mundo conhecer. Combina muito com uma massa, com polenta, também harmoniza com vinhos que possuem taninos mais altos e com cervejas pretas, tanto amargas quanto doces, as doces com uma combinação até melhor”. 

3 – Queijo tipo Requeijão do Norte, chamado de Queijo Manteiga ou Requeijão de Manteiga

“Não é pastoso, apesar do nome, é de corte, pode ficar inclusive bem duro. A diferença é que parte dele é feito com uma massa cozida, em vez do coalho, possui características únicas. Muito prazeroso quando se fala de omeletes, para gratinar num escondidinho, no purê de batata, de mandioca. Aliás, todas as preparações com mandioca e requeijão do norte ficam excepcionais! Harmoniza com cerveja brasileira, american pilsen ou lager, cervejas de trigo, vinhos tintos leves ou com espumantes doces, como é o caso do moscatel”. 

4 – Queijo Serrano, do Rio Grande do Sul

“É um pouco diferente, pois é um queijo semi-duro, mas muito amanteigado, com notas que vão para o azeite, embora não vá azeite na preparação, mas com sabor e o aroma com característica da azeitona. É um queijo muito diferente, que derrete muito bem, gratina muito bem, harmonizando com vinhos brancos mais encorpados, como um sauvignon blanc, e alguns espumantes. Também harmoniza com cervejas do tipo pale ale, não exatamente doces, apenas não muito amargas”. 

5 – Queijo do Marajó, da Ilha de Marajó, no Pará

“São feitos com leite de búfala, a criação de búfalos lá é muito grande, é o local do Brasil onde se encontram 99% da criação desses animais. E o Marajó é uma ilha muito grande, extremamente quente, que possui seu terroir. Os queijos são de fermentação espontânea com leite cru, não pasteurizado, o que dá um sabor muito característico. E tem vários tipos desse queijo. É mais leve, muito braquinho, vai confortável para dentro das preparações, e recomendo para se fazer saladas com folhas e hortaliças. Acompanha bem uma carne, como é o caso do Filé Marajoara, um filé grelhado com uma fatia espessa de queijo de búfala por cima. É sensacional, desejo que todo mundo experimente!” 

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