O que agrada o paladar também deve sensibilizar o olhar
Os consumidores estão cada vez mais exigentes e interessados em gastronomia, nos últimos anos. E já que viver experiências gastronômicas se relaciona à sensorialidade, o que agrada o paladar também deve sensibilizar o olhar. Exatamente por isso, a apresentação final dos pratos em belas peças de louça, muitas vezes elaboradas sob encomenda pelos proprietários e chefs, tem sido um grande trunfo para incrementar a vivência dos clientes em jantares ou almoços.
De acordo com a ceramista Grayce Semeghine, cujo ateliê está localizado em Americana, a união das duas vertentes de arte interfere significativamente no resultado final. “Tanto a louça quanto a comida foram preparados de forma artesanal e intuitiva, na qual tanto ceramista quanto chef de cozinha fizeram uso de suas técnicas e conhecimentos, de sua arte, o que confere um resultado significativo, agregando valor aos restaurantes, às preparações gastronômicas e tornando a experiência do consumidor única, sensorial, afetiva e aprazível”, esclarece.
Mas o uso de boas peças de louça deve ressaltar a assinatura do chef de cozinha, segundo a profissional, e não a do ceramista. “A louça, mesmo clean e minimalista, se for o caso, pode realçar a comida complementando e não interferindo de modo negativo na composição ou montagem do prato. Tudo é uma questão de ser conversado, estudado, com troca de ideias entre o chef e o ceramista, para que se chegue no projeto que atenda às expectativas e finalidades específicas, aliando elegância, funcionalidade e praticidade”, ressalta Grayce.
Louças ajudam a alimentar a alma
Com a valorização da gastronomia pelo grande público, cada vez mais bons restaurantes e chefs renomados procuram opções de louças diferenciadas para servir suas criações. E a cerâmica tem tido lugar cativo nesses casos. Quem nos dá um bom exemplo disso na televisão é a chef Rita Lobo, que se caracteriza como “a louca das louças”.
Na avaliação da ceramista Grayce Semeghini, o motivo é a busca por experiências que vão além da percepção sensorial, procurando satisfazer estilos de vida, necessidades psicológicas e emocionais, aliando o que é esteticamente belo ao que remete às boas memórias. “Alimentamos não só o corpo como a mente e o espírito com boas energias, intuição, inspiração e vibração de luz Divina. Existe toda essa essência numa peça produzida artesanalmente. Desse modo, a experiência gastronômica se diferencia, sem dúvida”.
Processo de criação é compartilhado
A elaboração do projeto sob encomenda do enxoval de louças em cerâmica requer muita conversa, muito estudo e muitos testes, quando necessário, conforme a artesã, um trabalho que compreende a expectativa e a experiência do chef de cozinha, do proprietário e do ceramista.
“Há que se levar em conta o que melhor atenda às necessidades não só do esteticamente belo, mas também da resistência mecânica, da praticidade e agilidade no manuseio, tão necessários no dia a dia de um restaurante”, finaliza Grayce Semeghini.
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