terça-feira, 1 outubro 2024

Alimentos orgânicos

 Saiba as diferenças entre os produtos e alimentos convencionais e os orgânicos

Alimentos Orgânicos (Foto: Divulgação)

Os alimentos orgânicos ocupam cada vez mais espaço na mesa dos brasileiros, mesmo que muitos não tenham acesso a eles, pelo custo mais alto.
Mas você sabe quais são as diferenças entre os produtos e alimentos convencionais e os orgânicos?

A coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade de Americana (FAM), Glenys Mabel Caballero Córdoba, doutora em Ciência da Nutrição pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explica que os alimentos orgânicos podem ser vegetais – cultivados e processados de forma natural, com fertilizantes sem agrotóxicos e sistemas naturais de controle de pragas, de forma que safras, frutas e hortaliças atinjam a maturidade sem aceleradores – e também produtos industrializados, que não utilizam nenhum tipo de aditivo para realçar sabores, conferir melhor consistência ou aumentar o brilho, nem contêm conservantes que prolongam a vida útil dos produtos, e, ainda, cujo manuseio, processo ou elementos de embalagem não poluem o meio ambiente.

Representam, portanto, uma forma de não incorporarmos substâncias prejudiciais à saúde e de colaborar com o cuidado do planeta, evitando a poluição do meio ambiente.

“Têm aparência menos atraente, porque na produção não são utilizados agrotóxicos e outros produtos químicos para dar um aspecto perfeito, o que deixa os alimentos desprotegidos contra o ataque de pragas e fungos. São mais caros, porque demoram mais para chegar ao ponto de colheita, menos exemplares são obtidos por metro quadrado e sua produção requer maquinários mais modernos e avançados, além de colheita manual com mão de obra qualificada. A plantação orgânica também sofre mais perdas no campo, pelas pragas, já que não se utiliza agrotóxico”, explica Glenys.

Mesmo assim, segundo a professora, “pode ser observada uma revolução de mercado que atinge uma parcela crescente da sociedade, aumentando a demanda pelos produtos orgânicos e permitindo a incorporação contínua de novos consumidores, além de maior competição e maior produção”.

Conforme o Guia Alimentar Brasileiro, toda a população deveria ter acesso aos alimentos orgânicos e utilizá-los nas preparações diárias, no entanto, “segundo pesquisas publicadas em jornais científicos indexados, os alimentos orgânicos e convencionais são equivalentes quanto à quantidade e biodisponibilidade de nutrientes”, orienta Glenys.

Sendo assim, surge a pergunta: posso continuar a consumir alimentos cultivados com agrotóxicos? A professora do curso de Nutrição da FAM, Joseane Almeida Santos Nobre, mestre em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa, ressalta que os produtos convencionais passam por testes periódicos, para controle da quantidade residual dos defensivos agrícolas, e que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é a responsável pela emissão de um laudo, indicando os alimentos com maior resíduo de agrotóxico.

“O correto seria o consumo de alimentos livres desses insumos agrícolas, pois muitos são proibidos em diversas partes do mundo, mas permitidos no Brasil. Apesar disso, a utilização de produtos com agrotóxicos ainda se faz necessária para a produção em larga escala, que possa atender a população, reduzir os preços e a insegurança alimentar”, finaliza.

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