quinta-feira, 6 novembro 2025

Cozinhando na quarentena

Com a pandemia a jornalista Lícia Mangiavacchi resolveu se aventurou na cozinha 

Jornalista Lícia Mangiavacchi (Foto: Divulgação)

A pandemia de Covid-19 trouxe incertezas e medo, não só no Brasil como no mundo. Mas também incentivou muita gente a mudar de hábitos, sobretudo quando o assunto em questão é cozinhar. Muitas pessoas que nunca cozinharam, ou que já haviam experimentado colocar a mão na massa, sem sucesso, tiveram de arregaçar as mangas e preparar as próprias refeições na pior fase de contágio da doença, quando foi determinado o fechamento de comércios não essenciais, incluindo os restaurantes.

A necessidade não foi o caso da jornalista Lícia Mangiavacchi, pois ela é solteira, sempre morou com os pais e hoje vive com a mãe. Mas, com mais tempo na quarentena, por estar em casa, resolveu se aventurar na cozinha, com o auxílio da internet. E Lícia não só cozinhou como também postou vídeos em sua página no Instagram, se aproveitando da experiência em televisão. “Me diverti em aprender as receitas. Estou aprendendo aos poucos, algumas coisinhas”, revela.

No entanto, a relação da jornalista com a cozinha nem sempre foi prazerosa. “Há uns oito anos, comecei a querer aprender a cozinhar, pois estava namorando e achava que eu ia casar. Daí fiz um arroz, foi o único que fiz na minha vida, mas queimou. Eu falei que nunca mais ia fazer arroz e que não servia para isso (cozinhar)”.

Com a pandemia e tempo de sobra, Lícia Mangiavacchi decidiu, então, fazer sua primeira tentativa: flor de cebola empanada, famosa receita de uma rede de restaurantes. Ela diz que achou fácil, embora falassem o contrário, e que achou excelente. “Ficou boa, eu comi inteira, praticamente”.

Hoje, com um pouco mais de experiência e depois de cerca de 10 receitas preparadas neste ano, a jornalista ressalta que costuma cozinhar ao menos uma vez por semana e que continua com os vídeos. “Me senti bem, senti que sou capaz. O que eu sinto é que dá para fazer, mas escolho receitas mais fáceis”, enfatiza.

Apesar da mudança de postura da jornalista em relação à cozinha, buscar cursos para aprimorar os dotes culinários recém descobertos não está em seus planos, por enquanto. 

Sorvete Frito (Foto: Divulgação)

Flor de cebola empanada (Foto: Ana Maria Braga)

Alta demanda e valorização
A chef Fadia Cheaito, colunista do Clube Gormet, graduada em gastronomia e pós-graduada em gestão de serviço de alimentação, confirma o aumento da demanda por cursos de culinária durante a pandemia.

“Nitidamente aumentou essa demanda. Acredito que, com a quarentena, muitas pessoas ficaram mais em casa e cozinhar serviu como passa tempo, até mesmo terapia, diante do contexto que estamos vivendo, fazendo com que a procura aumentasse”, analisa.

Questionada sobre como avalia esse movimento, a chef diz que, particularmente, torce para que essa “paixão” por cozinha se mantenha. “Com novos aventureiros nessa área, de forma profissional ou como hobby, ganhamos o reconhecimento que buscamos por nos dedicarmos horas para proporcionar alegria, satisfação, prazer e momentos memoráveis, através de uma garfada”, acredita Fadia.

Chef Fadia Cheaito (Foto: Divulgação)

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