sexta-feira, 26 abril 2024

Gordura do bem

Vale conhecer melhor esse tipo de gordura para escolher boas marcas e garantir a manutenção da saúde 

(Foto: Pixabay)

Nos dias de hoje, é quase impossível encontrar alimentos com valor acessível. E com o azeite de oliva não é diferente. Aliás, quanto melhor for o produto, maior o preço. Mas, para quem tem a possibilidade de manter o ingrediente na cesta de compras, vale conhecer melhor esse tipo de gordura para escolher boas marcas e garantir a manutenção da saúde.

É o que atesta a sommelière de azeites e docente do Senac São Paulo, Patrícia Galasini, uma das maiores referências na difusão da cultura do azeite no Brasil. Segundo ela, a gordura proveniente da azeitona, a fruta da oliveira, é muito rica.

“O consumo regular de azeite extravirgem produz um papel protetor no corpo humano. É uma gordura do bem, saudável, rica em ácido oleico, e único óleo extraído de fruta que possui gordura monoinsaturada, vitaminas e minerais, além de ser uma fonte saudável de ácidos graxos e de centenas de micronutrientes, especialmente antioxidantes, como os compostos fenólicos, vitamina E e carotenóides”, esclarece a especialista.

A docente explica que a gordura monoinsaturada, além de ser boa para o coração e para os neurônios, inibe alguns tipos de cânceres, como o câncer de mama. Lembrando, é claro, de que o consumo de azeite é apenas um dos fatores que pode auxiliar no combate à doença, assim como ter uma alimentação saudável e praticar exercícios.

Por isso, comprar um azeite de oliva de qualidade torna-se uma tarefa um pouco trabalhosa mas de extrema importância, segundo Patrícia Galasini, que lista cinco itens a serem observados durante a compra do produto:

Rótulo – Ler o rótulo é muito importante e este deve estar limpo, não podendo estar “melecado”, rasgado, e, principalmente, violado

Data de validade – O azeite de oliva tem de ser consumido rapidamente, pois azeite jovem é muito melhor. Antes de comprar, certifique-se de que a data de validade seja de até 12 meses. Azeites com mais de um ano de validade podem ter suas características de aroma e sabor modificados, por conta da oxidação do produto

Acidez – Não é fator de qualidade e você não vai sentir a acidez no sabor nem no aroma, pois é imperceptível ao paladar. Se refere à quantidade de ácidos graxos livres presentes no óleo. Para azeites extravirgem, a acidez máxima é de 0,8%. Já para azeites virgens, o índice máximo é de 2%. A acidez tende a ser menor quando a coleta e o processamento das azeitonas são bem feitos, por isso é comum que bons azeites tenham acidez baixa. Mas é possível encontrar um azeite com grau de acidez baixo e pouca personalidade, com pouco aroma e de sabor apagado, e também o contrário, um azeite com acidez um pouco mais alta, mas de presença marcante na boca

Embalagem – A função da embalagem é a correta preservação das qualidades e características do produto. No caso do azeite de oliva, a embalagem que melhor oferece proteção é a garrafa de vidro de cor escura, seguida pela lata. O vidro escuro tem vantagens sobre a lata, pois dificulta a passagem da luz

Preço – É preciso ponderar sobre o preço, pois não existe um bom azeite de oliva com preço baixo. Produzir azeite de oliva é caro. Quando o assunto é custo, é essencial saber que o preço do azeite de oliva de qualidade é sempre mais alto

E, depois da compra, outro cuidado importante se refere ao armazenamento correto do produto em casa, orienta a especialista em azeites, Patrícia Galasini. “O azeite de oliva deve ser armazenado longe da luz e do calor”, finaliza. 

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