terça-feira, 16 abril 2024

Pinot Noir, a mais elegante das tintas

Uma das uvas (castas viníferas) mais antigas, cultivada há mais de 2 mil anos

A Pinot Noir é uma das uvas (castas viníferas) mais antigas, cultivada há mais de 2 mil anos. Sua origem é a região da Borgonha, no leste da França. Há indicações que comprovam seu cultivo nesta região desde o século 4 d.C. A família das Pinots (Pinot Noir, Pinot Blanc, Pinot Gris, Pinot Meunier), que compartilham o mesmo DNA, tem como característica sofrer facilmente mutações, e geneticamente se adaptar a novos terrois. Isso para os vinhos nem sempre é bom, pois o sabor da Pinot Noir muda incrivelmente conforme o local onde ela é cultivada.

Poucas castas tem sua imagem e qualidade tão ligadas a uma região como a Pinot Noir à Borgoha (um outro caso seria a Nebbiolo no Piemonte-Itália). Os grandes tintos (e brancos) da Borgonha são um capítulo à parte na enologia mundial. Os grandes borgonhas são os maiores vinhos do mundo e uma espécie de “cálice sagrado”, que todos procuram mas poucos acham. Porque?

– Primeiro porque a Pinot Noir é uma casta difícil. Ao mesmo tempo que faz grandes vinhos pode também gerar líquidos insípidos.

– Segundo, pois a Borgoha é um mosaico de uma infinidade de produtores muito pequenos – as vezes em uma mesma região da borgonha, sob um mesmo nome, um produtor pode fazer um grande vinho e o outro uma zurrapa.

– Terceiro porque as produções são pequenas e a fama é grande, de modo que todo Borgonha, bom ou ruim, nunca é barato.

– E finalmente porque os vinhos de produtores consagrados em boas safras custam sempre preços exorbirantes. 

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