Estilos de cerveja para o Verão

Estamos na estação mais quente do ano. E o Verão tem tudo a ver com uma boa cerveja, não é mesmo? Mas, hoje em dia, diante da oferta crescente de rótulos artesanais não só em lojas especializadas como também em supermercados, como escolher a melhor pedida para os dias quentes? Quais são os tipos recomendados para a época?

Para ajudar os cervejeiros de plantão, o Clube Gourmet conversou com a beer sommelière da cervejaria Berggren, Camila Nassar, de Nova Odessa.

Segundo a especialista, usualmente, os dias quentes pedem cervejas mais refrescantes, com alto drinkability, resumidamente, conceito subjetivo que mede o quanto a bebida é agradável e consumível.

“Por outro lado, é bom deixar claro que não existe uma regra que diga que você não pode desfrutar de uma cerveja forte, tipo uma RIS (Russian Imperial Stout), nos dias mais quentes. A verdade é que os apreciadores preferem cervejas mais leves e refrescantes durante o verão e os fabricantes de cerveja atendem (a expectativa). O baixo teor alcoólico também favorece ainda mais o consumo”.

O ideal, conforme a berr sommelière da Berggren, é que o consumidor consiga identificar qual tipo de cerveja se adequa melhor ao seu paladar. “Um consumidor pode gostar de cervejas com perfis mais simples, outro procurar mais complexidade, ou até mesmo sabores mais maltados ou lupulados. O principal critério a ser levado em consideração é o estilo da cerveja, e, posteriormente, suas características, como teor alcoólico, amargor, se possui adição de alguma especiaria”, recomenda Camila.

Outro cuidado que se deve levar em conta, na hora de escolher cervejas artesanais, tem relação com o tempo em que levaremos para consumí-la, informa Camila.

“Cervejas envasadas em lata e garrafa normalmente passam pelo processo de pasteurização, para aumentar seu shelf life (tempo de vida útil). Já as envasadas em growler são mais frescas, porém, devem ser consumidas em no máximo dois dias, para não perderem algumas características, como a carbonatação (responsável por conservar a qualidade da bebida e proporcionar uma quantidade específica de gás carbônico).A embalagem vai depender de como e quando se irá consumir”, ressalta.

Regra mesmo, orienta a especialista, é que o consumidor deve sempre priorizar o seu gosto pessoal ao escolher uma cerveja. “Independente da época do ano, ele nunca irá errar na sua escolha. Porém, vale sempre a pena experimentar novos sabores e estilos, quando o assunto é cerveja, pois podemos sempre nos surpreender com as inúmeras sensações que um simples gole de cerveja pode nos dar”, resume Camila Nassar.

Alguns dos estilos de cerveja que não podem faltar no Verão:

Witbier

Conhecida por ser a versão belga das cervejas de trigo, são famosas por serem leves e refrescantes. O estilo surgiu há mais de 400 anos, saiu de linha em 1950 e voltou graças ao cervejeiro belga Pierre Celi, que retomou a produção.

Session IPA

Há diversas histórias sobre como teria surgido. Uma diz que surgiu em 1822, na Inglaterra, nas mãos do cervejeiro George Hogson. No século XVII, a Índia estava sob colonização inglesa, e, para evitar que durante as viagens de navio as cervejas estragassem, ele aumentava a carga de lúpulo e o teor alcoólico. Hoje em dia, existem diversas variações, entre elas a Session IPA, de corpo leve e refrescante.

Sour

Uma cerveja ácida, Sour Beers. Estilo bastante popular na Bélgica, em Bruxelas, mas que também conquistou os alemães, e, mais recentemente, os americanos e brasileiros. Bastante leve e refrescante, fácil de beber.

Hop Lager

As lagers podem ser consideradas novas quando falamos sobre a história da cerveja, já que surgiram no final do século XIV, mas só conquistaram espaço na primeira metade do século XIX. Marcada por refrescância e aromas florais, cítricos e herbais das IPAs, é uma cerveja para qualquer momento.

American Pale Ale

Para quem procura uma cerveja parecida com uma IPA, mas sem o alto teor alcoólico característico, é uma boa opção. American Pale Ale ou APA é um estilo de cerveja pale ale desenvolvida nos Estados Unidos, na década de 1980.