Fomos o segundo país medalhista no mundo, no concurso em Tour (França)
Mesmo com culturas diferentes e climas complexos, distintos dos europeus (o berço do queijo), já não devemos mais nada em produção queijeira. É um fato oficial.
Na edição 2021 do Mondial du Fromage et des Produits trouxemos 57 Medalhas da França. Fomos o segundo país medalhista no mundo, no concurso em Tour (França).
O que significa isso? Que, além de sermos muito bons na cultura queijeira, aprendemos muito com nossos colonizadores e demais influências europeias, ao longo dos séculos.
Convido você a degustar um bom queijo brasileiro artesanal, topa?
Não tiro mérito e nem tampouco os sabores de um bom queijo brie, com suas geleias combinantes, ou um de queijo contê maravilhoso, pesando seus 20 quilos, ou, ainda, de um mofo Roquefort (azul) picante, que pede um bom Malbec.
Mas vou dar nomes para você degustar e explanar queijos maravilhosos que temos por aqui. Vamos a alguns premiados brasileiros:
PRÊMIO DE OURO: queijo cuestinha, com 60 dias de maturação em cave subterrânea
PRÊMIO DE PRATA: queijo tropeirinho, com 40 dias de maturação e cinza vegetal cobrindo toda a casca
Ambos queijos paulistas. Seus produtores estão a, no máximo, 200 quilômetros de nossa região. Além disso, estão disponíveis em lojas da região.
O desafio que sugiro é sensorial e gustativo: sentir seus aromas e perceber a beleza, suntuosidade, leveza e, ao mesmo tempo, a textura desses exemplares tupiniquins.
São queijos em ascensão e seus sabores já estão em todo o País. Irão se popularizar, porque temos um grande movimento da cultura queijeira, que desfaz a ideia de que queijo bom é mineiro, ou de que queijo diferente é para poucos.
Oras, temos de saber que inacessível tem que ser o queijo ruim! E, para isso, é preciso instruir e educar a todos. Eu, aqui, faço esta singela reflexão, com informação, somado ao desafio sugerido: que você tenha o prazer de consumir o que é nosso e se apaixone por isso de fato.
Trarei diversos produtos artesanais brasileiros em nossa trajetória de leitura, como charcutaria. Espero fazer você salivar, minimamente, e aprender um pouco mais sobre tudo que é de origem brasileira.
Finalizo com uma pergunta: sabe o que é charcutaria? Este é o assunto da próxima coluna. Até lá!