domingo, 29 setembro 2024

Todo cuidado é pouco na cozinha

A contaminação acontece quando o alimento entra em contato direto ou indireto com substâncias ou elementos que representem risco à saúde, caso sejam ingeridos 

Uma boa refeição se come com os olhos, depois vem o principal, que é a sensação que o prato provoca pelo paladar. Mas tanto a apresentação quanto o paladar podem esconder os perigos aos quais estamos submetidos se a preparação da comida não começou pela higiene e manipulação correta de utensílios e alimentos.

Conforme informações do blog da empresa de saneamento BRK Ambiental, a segurança alimentar e a nutrição estão diretamente relacionadas e os alimentos contaminados criam um ciclo de doenças que afetam principalmente crianças e idosos.

A contaminação acontece quando o alimento entra em contato direto ou indireto com substâncias ou elementos que representem risco à saúde, caso sejam ingeridos. Pode ocorrer quando não higienizamos corretamente frutas e verduras ou se encontramos um fio de cabelo na comida, e, ainda, quando há transferência de bactéria de um alimento contaminado para outro, a chamada contaminação cruzada, dentre outros exemplos.

O clube Gourmet conversou sobre este assunto com o docente do Senac, Beto Oliveira, chef de cozinha em buffet de eventos e proprietário do Adejo Gastrobar. Conforme o especialista, a manipulação de alimentos é algo que deve ser levado muito a sério para quem atua na cozinha, seja em casa ou no restaurante.

“É preciso ter esse critério bem pensado e elaborado, como a separação de utensílios e uso de utensílios específicos para manipulação de alimentos crus, como as carnes. É fundamental para a saúde e para a consciência dos funcionários de que isso é mais do que uma regra, é uma necessidade humanitária”, reafirma.

Higiene é fundamental

Entre os cuidados para se evitar a contaminação de alimentos, de acordo com informações da empresa BRK Ambiental, estão lavar as mãos e pulsos antes do preparo de qualquer refeição; higienizar muito bem vegetais e frutas antes do preparo ou consumo e outros.

Para o chef e docente Beto Oliveira, “a higiene pessoal, isto é, a pessoa estar com as mãos lavadas e cabelos presos, utilizar touca e uso de máscara são regras que vieram por conta da pandemia, mas que sempre existiram pelas portarias da Anvisa, e que, acredito, precisamos seguir de forma mais latente hoje, com rigor. A higiene pessoal, para mim, ainda é a mais importante”, salienta.

Oliveira ainda destaca o uso de luvas como algo importante na cozinha, mas com critério. “Se não utilizarmos com critério, ela (a luva) inibe a lavagem de mãos, porque a gente não sente a sujidade em contato direto com a nossa pele. A luva precisa ser trocada frequentemente, a cada troca de função”, acrescenta.

Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) dão conta de que alimentos contaminados matam cerca de 420 mil pessoas por ano.

Segundo o Ministério da Saúde, existem mais de 250 tipos de doenças transmitidas por alimentos contaminados no mundo, sendo a maioria causada por vírus, bactérias, parasitas e suas toxinas. 

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