Em quais casos é recomendado ao pequeno empresário que busque financiamento?
O financiamento é recomendado para investimentos que tendem a trazer um aumento de ganho para a empresa, para inovação e para capital de giro.
Esse último merece um cuidado especial, pois a falta de recurso em caixa pode ser confundida com necessidade de capital de giro, mas antes precisa se entender a origem desta falta de capital em caixa.
Imagine que a empresa vem operando com prejuízo. A tendência é que o seu caixa reflita isso ficando negativo. Nesse caso, não adianta colocar apenas dinheiro na empresa, é preciso reverter o problema de prejuízo da empresa.
É como se tivesse dado apenas um “antitérmico para a febre ao invés de tratar a infecção, mais cedo ou mais tarde a febre volta (o caixa negativo)”.
Agora se a empresa tem diferenças entre o prazo de recebimento e pagamento, atrelado a um aumento do volume de vendas, se faz necessário um investimento em capital de giro para sustentar o crescimento da operação.
Recomendo que o investimento em novos negócios seja feito por meio de financiamentos, pois você dilui o investimento inicial e utiliza o seu recurso para capital de giro que normalmente é mais caro.
Eu sempre brinco em meus atendimentos: credito rápido é credito caro. Mas é possível tornar o processo mais ágil, principalmente quando se faz um planejamento para a tomada do financiamento, analisando números do passado da empresa, apresentando projeções do impacto do financiamento tanto no resultado como no caixa da empresa (Demonstrativo de Resultado do Exercício e Fluxo de Caixa) e, principalmente, mostrar o quanto isso tende a agregar na empresa e as garantias que ela possui.
Outro ponto para levar em consideração é deixar os documentos da empresa sempre em dia, como certidões negativas, contrato social, cartão de CNPJ, entre outros.
Felipe Chiconato – Consultor do Sebrae/SP