quinta-feira, 18 abril 2024

Kwid evolui e deixa de ser carro popular

Compacto ganha mais estilo e equipamentos, mas também sobe de preço; versão mais em conta custa R$ 59,8 mil 

AVANÇO | Frente do Renault Kwid ganhou faróis divididos, com luzes de LED; carro conta com controle de estabilidade, direção elétrica e 4 airbags (Foto: Divulgação)

O carro que um dia foi o mais barato à venda no Brasil mudou de patamar. O Renault Kwid 1.0 flex (71 cv) chega à linha 2022 com mudanças de estilo e mais equipado. Os preços, que em 2017 começavam em R$ 30 mil, agora partem de R$ 59.890. A opção mais em conta é a Zen, que traz quatro airbags, direção com assistência elétrica, ar-condicionado, controles de estabilidade, sistema de som com Bluetooth e acionamento elétrico das travas das portas e das janelas dianteiras.

Por fora, os novos faróis são divididos em dois blocos. A parte superior tem luzes diurnas de LED, enquanto a inferior agrupa os fachos alto e baixo. Ao abrir a porta, o motorista encontra uma cabine mais agradável. Há novos materiais plásticos no painel e mais capricho em costuras e partes de contato. Até a manopla do câmbio está com um aspecto melhor. Faz sentido: se o carro a preço popular de antes deixou de existir, é preciso agradar aos olhos e ao tato.

ESPAÇO
O que não muda é o espaço, que segue razoável para quatro adultos de até 1,80 m de altura. Os joelhos de quem viaja no banco traseiro ficam bem próximos dos assentos frontais, mas há um bom vão livre para a cabeça.

A posição ao volante também segue como antes, o que não é uma boa notícia. É difícil achar uma boa posição, e não há apoio para o pé esquerdo. Esse é um problema comum dos carros subcompactos, que são essencialmente bichos urbanos. Não é, portanto, a opção indicada para quem precisa pegar a estrada com frequência.

CONSUMO
Mas o novo Kwid pode ser imbatível no quesito consumo urbano. O computador de bordo registrou a média de 19,8 km/l em um teste de 30 quilômetros por São Paulo, com trânsito fluindo bem na Marginal Pinheiros e um pouco congestionado nos bairros de Pinheiros e Vila Madalena (zona oeste).

O Renault estava abastecido com gasolina e o ar-condicionado permaneceu ligado. A fluidez do trânsito e o sistema start/stop explicam o ótimo resultado. O motor era desligado nas paradas em meio ao tráfego e nos semáforos. Ao tirar o pé do freio, voltava a funcionar com suavidade.

O baixo consumo é também resultado de mudanças no motor 1.0 – que ganhou 1 cv – e no alternador. As alterações foram feitas para adequar o carro à sétima etapa do Proconve (Programa de Controle de Emissões Veiculares).

Além da opção Z

VERSÕES
en, o compacto de origem francesa é vendido nas versões Intense (R$ 64.190) e Outsider (R$ 67.690), que tem visual off-road. O principal equipamento dessas configurações é a central multimídia com tela de oito polegadas sensível ao toque e conexão com smartphones. Haverá ainda o Kwid 100% elétrico, que será lançado ainda em 2022.

O concorrente direto do compacto Renault é o Fiat Mobi, que custa a partir de R$ 61,1 mil na versão 1.0 Like. 

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