sexta-feira, 22 novembro 2024

Renault apresenta carro elétrico mais barato do Brasil

Antes, o posto de elétrico mais barato era ocupado pelo JAC e-JS1 (R$ 164,9 mil). Ambos os carros são importados da China

As vendas regulares do Kwid E-Tech terão início a partir de julho em sua rede de concessionárias (Foto: Divulgação)

Aos poucos, carros elétricos se tornam mais acessíveis -o que não significa que sejam pechinchas. Nesta quinta (14), a Renault apresentou o Kwid E-Tech, que se torna o modelo de entrada da categoria no Brasil.

O compacto custa R$ 143 mil, valor garantido pelo período de pré-venda, que vai até julho. As primeiras entregas estão previstas para agosto. Antes, o posto de elétrico mais barato era ocupado pelo JAC e-JS1 (R$ 164,9 mil). Ambos os carros são importados da China.

Pelo preço do Kwid E-Tech é possível comprar duas unidades da versão Zen 1.0 Flex (R$ 61,1 mil) e ainda ter troco suficiente para licenciamento, seguro e bastante combustível. Mas os valores tendem a cair com a massificação da tecnologia mundo afora.

Segundo estudo mencionado pela Renault, as vendas de carros 100% elétricos no Brasil podem ficar entre 80 mil e 200 mil unidades em 2030. A propaganda da marca diz que as ruas já estão prontas para a linha E-Tech, mas ainda falta melhorar a distribuição dos pontos de recarga Brasil afora, tanto nas ruas como nos prédios.

O carro estará disponível também para aluguel de longo prazo. De acordo com a fabricante, o plano de 48 meses terá mensalidades de R$ 3.339 com custos de manutenção, licenciamento e seguro inclusos. Certamente existem opções melhores do que essa para rodar por aí de Kwid elétrico.

A nova versão do compacto é mais equipada que as demais. É o único a trazer seis airbags (as opções flex têm quatro) e câmbio automático. Trata-se de um sistema simples, com uma marcha para frente e outra para trás, típico dos automóveis 100% elétricos.

Com apenas 977 quilos, o E-Tech pode chegar aos 50 km/h em cerca de quatro segundos. A fabricante usa esse dado para destacar a agilidade no trânsito urbano, habitat natural do lançamento. A velocidade máxima é limitada em 130 km/h.

Segundo a Renault, a bateria de 27 kW permite rodar 298 quilômetros na cidade. As recargas podem ser feitas em casa: em uma tomada comum de 220v, são necessárias nove horas até se atingir o suficiente para rodar 190 km. Ou seja, o ideal é deixar o Kwid plugado durante a noite.

Em tomadas rápidas disponíveis em alguns eletropostos rodoviários, a mesma autonomia pode ser atingida em 40 minutos, diz a montadora.

Pelos cálculos da empresa, o custo de rodagem por quilômetro do Kwid E-Tech seria de R$ 0,06. Na versão flex, o valor chegaria a R$ 0,48. A Renault considerou a gasolina a R$ 7,30 e o kWh a R$ 0,66 -valor médio nacional, que não considera os impostos embutidos na conta de luz em diferentes estados.

A marca terá um processo de reciclagem para as baterias, mas os detalhes do plano ainda não foram divulgados. Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil, diz que a primeira parte desse processo é a utilização das baterias de “segunda vida” como armazenadoras de energia obtida por meio de painéis solares.

Além do Kwid E-Tech, a montadora vende também o compacto Zoe (a partir de R$ 240 mil). A linha de carros de passeio elétricos será complementada pelo Mégane, que deve estrear no fim deste ano.

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