A autora do livro conta ao TodoDia sobre a carreira
Apesar de escrever desde muito cedo, Gisele Fortes sempre tratou a escrita como um hobby, um passatempo. Formou-se em Comunicação Social e trabalhou 20 anos no mercado corporativo, com cargos de gestão e muitas responsabilidades. Na volta da licença-maternidade foi desligada do antigo emprego e a partir da nova realidade se propôs a colocar a carreira de escritora em primeiro lugar.
“Todas as curvas do caminho”, último lançamento da autora, conta a história de duas amigas desde o berçário. Por se sentir culpada pela morte precoce dos pais de sua irmã do coração, Clara se anulou a vida toda com o objetivo de garantir a felicidade de Eva.
Os detalhes da carreira de Gisele sobre o lançamento “Todas as curvas do caminho” estão disponíveis no bate-papo a seguir. Confira:
TODODIA – Por que você decidiu entre tantos gêneros escrever este? Teve algum escritor ou escritora como inspiração?
GISELE FORTES – Como leitora, o romance é o meu gênero favorito. Por isso, foi natural decidir escrever romances nos meus primeiros livros. A minha musa-inspiradora é a autora Colleen Hoover: amo a destreza com a qual ela passeia por diferentes gêneros literários. Tenho vontade, inclusive, de seguir os passos dela nesse sentido, permitindo-me explorar gêneros diversos ao longo da minha trajetória.
Por que você escolheu o Rio de Janeiro para ambientar a obra?
Porque sou carioca, nascida e criada no Rio de Janeiro. Queria homenagear a minha cidade e, também, falar de lugares que eu realmente conheço e com os quais tenho verdadeira intimidade.
Quando e como surgiu sua paixão pela escrita?
Surgiu aos oito anos, após a leitura do livro “A marca de uma lágrima”, de Pedro Bandeira. A personagem principal, Isabel, escrevia textos lindos e eu fiquei absolutamente encantada com aquilo. Foi tão significativo que eu sei de cor a poesia principal da obra até hoje. Logo que terminei a leitura, pedi um caderno especial para os meus pais e comecei as minhas primeiras produções. Escrever se tornou, para mim, uma necessidade: eu escrevia para aliviar a tensão, para desopilar a mente, para desabafar. Era uma espécie de catarse.
Algum personagem do livro foi inspirado em sua vivência?
A personagem principal tem as mesmas características físicas das minhas filhas gêmeas: cabelos lisos pretos, com franjinha, e olhos negros expressivos. Além disso, o nome Clara foi uma homenagem a uma das minhas meninas, que se chama Ana Clara. Sempre coloco uma pitada de realidade no meio da ficção.
E agora, quais são os próximos passos como escritora?
Estou escrevendo meu terceiro livro, que deve ser lançado no início de agosto. Vai se chamar “Desencontros de amor” e será uma comédia romântica que, além de muito divertida, vai trazer leveza para os leitores. Essa será uma obra inteiramente baseada em histórias reais, vividas por mim ou por pessoas muito próximas. O enredo contará a história de Isabela, acompanhando as suas desventuras amorosas desde os quatro anos de idade até a vida adulta. O livro terá ilustrações e contará com três músicas autorais.
Quais são os desafios de ser escritora no Brasil?
São muitos os desafios: lidar com uma população que lê muito pouco; enfrentar preconceitos em relação à literatura nacional contemporânea; conseguir tornar a escrita uma profissão viável e rentável. Mas, na minha opinião, todos os obstáculos valem a pena porque, agora, aos 40 anos, eu realmente descobri o que me realiza. Apesar de ter começado a escrever muito cedo, sempre tratei esse meu lado como um hobby, um passatempo. Acabei me formando em Comunicação Social e trabalhando 20 anos no mercado corporativo, com cargos de gestão e muitas responsabilidades. Fui desligada na volta da minha licença-maternidade e, com duas bebês a tiracolo, tive que reinventar a minha carreira. Abri minha própria empresa e, além de empreender, comecei a escrever de maneira séria, organizada e muito produtiva. Então, ser escritora é muito significativo para mim. Ainda vou idealizar inúmeras histórias, construir diferentes personagens e, se Deus quiser, fazer muitos leitores se emocionarem.