sexta-feira, 11 julho 2025

A força das mulheres

Grupos de catira e viola preservam tradições da cultura popular 

Catira | Grupo participou de várias apresentações em Hortolândia, em cidades vizinhas e também do país, divulgando a dança típica e preservando a cultura popular (Foto: Divulgação)

As mulheres da 3ª idade em Hortolândia têm importante papel na preservação da cultura popular. Elas integram os grupos Rainhas do Catira e Orquestra Feminina de Viola Caipira, que mantêm duas fortes tradições. Os grupos foram criados por Mestre Chiquinho. Morador da cidade desde 1976, Chiquinho, cujo nome verdadeiro é Francisco Aparecido Borges de Almeida, tem desenvolvido atividades para manter viva a cultura caipira. “A ideia de montar os grupos foi para quebrar o preconceito que mulheres não podem dançar catira ou tocar viola. Ao participar dos grupos, elas se sentem valorizadas”, destaca Mestre Chiquinho.

Os grupos surgiram a partir das aulas de catira e viola caipira ministradas por Mestre Chiquinho no CCMI (Centro de Convivência da Melhor Idade), no Remanso Campineiro.

O grupo Rainhas do Catira foi criado em 2016. A catira é uma dança típica brasileira. Os dançarinos, divididos em duas fileiras, fazem coreografias ao som de modas de viola. O ritmo é conduzido pelas batidas dos pés e das mãos dos dançarinos.

Mestre Chiquinho destaca que a catira tem um ritmo contagiante que atrai as pessoas. Foi justamente o ritmo da dança que chamou a atenção de Evanilda Ramos de Miranda, de 73 anos, uma das primeiras integrantes do grupo. “Por gostar muito de dança, achei a catira interessante”, conta.

Para Evanilda, a prática da dança faz bem para a saúde. “Dançar faz bem para qualquer idade. Quando danço eu me sinto realizada e feliz”, disse. Ela reforça a importância do grupo. “Conheci a catira por meio das aulas do Mestre Chiquinho. É uma manifestação do folclore brasileiro que não podemos deixar morrer”, afirma.

Organizadas, as integrantes, com apoio de Mestre Chiquinho, se uniram para conseguir confeccionar o uniforme que elas utilizam com orgulho nas apresentações. “Nós escolhemos as cores do uniforme, que é a camisa na cor pink e calça na cor preta”, conta Evanilda.

Quem também exalta os benefícios da prática da catira para a saúde é Vera Lúcia de Almeida Silva, de 67 anos. Ela é uma das integrantes que está no grupo desde o início. “Quando entrei, eu não conhecia a catira. À medida que fui aprendendo, descobri que é uma manifestação cultural importante que temos que preservar. Quando eu danço parece que estou no ar. Dançar faz bem para a saúde, mente e corpo”, afirma.

No momento, em razão da pandemia, os ensaios e as apresentações dos grupos ainda estão suspensos. Os grupos contam com o apoio da Prefeitura e já realizaram apresentações no município e em outras cidades da região e do país. 

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