sexta-feira, 19 abril 2024

A história de Sumaré

E-book resgata trajetória de centro de memória da cidade 

Resgate | Prédio da Associação da Pró-Memória de Sumaré guarda fontes de pesquisa sobre a história da cidade

A história da Associação Pró-Memória de Sumaré faz parte do e-book “Memória & Preservação das Histórias Locais”, editado pelo Centro de Memória da Unicamp (CMU). A obra reúne textos e reflexões que abordam os trabalhos desenvolvidos por diversas instituições voltadas à memória, sediadas no interior paulista, destacando suas ações para a preservação das histórias e identidades locais. O compilado de quase 400 páginas está disponível gratuitamente no site do Centro de Memória da Unicamp.

Com organização de André Luiz Paulilo e João Paulo Berto, a obra é dividida em três blocos: Arquivos e Centros de Documentação e Memória; Museus e Instituições Híbridas de Gestão de Acervos, na qual está o capítulo “Associação Pró-Memória de Sumaré: a Preservação da História”.

Historiador do CMU, João Paulo Berto explica que desde 2019 a instituição realiza anualmente o Colóquio de Gestão do Patrimônio Cultural, com ações em torno das políticas de preservação do patrimônio público. Na edição do ano passado, na celebração dos 35 anos do CMU, foi incentivada a busca de experiências de quem trabalha com a memória nas instituições locais e regionais. No volume recém-publicado, a ideia foi que dirigentes colaborassem com textos sobre esses locais, elencando o histórico, ações, perspectivas e desafios, de forma a fortalecer o funcionamento dos que existem e incentivar a criação nos municípios que ainda não têm.

“O que percebemos é que os desafios são os mesmos na maioria das instituições. Sumaré se mostra atuante na preservação, com uma instituição no centro que, além de recolher acervos como doações, vai em busca com a coleta da história oral, história dos bairros, da religião, dos imigrantes, criando fontes de pesquisa que são acessíveis”, disse o historiador.

Ainda que outros municípios da região do polo têxtil também disponham de equipamentos com o mesmo propósito, ele esclarece que na seleção para o volume foi dada voz aos locais que não aparecem tanto. E, no percurso, teve até instituição que deixou de existir, como em Indaiatuba. O texto que já estava produzido foi mantido, mas com as devidas edições devido ao fechamento da associação. “Demonstra a fragilidade que esses espaços têm, quando se pensa na permanência, tanto no âmbito particular quanto público, municipal ou estadual”, afirmou Berto.

Associação resgata memória com entrevistas
Um dos focos de atuação da Associação Pró-Memória de Sumaré é o resgate oral. Ao identificar pessoas que testemunharam épocas e acontecimentos, elas são convidadas para entrevistas, conforme descrito na publicação: “A prioridade é estabelecer um espaço de troca e diálogo, resgatando elementos da memória desses sujeitos que, de um modo ou de outro, estão relacionados com a história do município de Sumaré ou das cidades da região. Busca-se, portanto, aprofundar o conhecimento sobre o município a partir da oralidade, das narrativas de sujeitos ou grupos que testemunharam determinados momentos históricos. Entende-se, neste contexto, a importância das fontes orais como instrumentos de pesquisa, aproximando o trabalho exercido pela entidade dos estudos da História Oral”.

Acervo
Por meio das entrevistas foi possível nutrir um acervo audiovisual em séries com histórias como as das escolas, das entidades e igrejas locais, memória de cidadãos ilustres, histórico de empresas antigas e atuais, receitas culinárias típicas da cidade, relatos de casamentos, de eleições municipais, de grupos culturais, eventos esportivos entre outros.

O Centro de Memória fica na Praça da República, 102, no Centro de Sumaré. Mais informações pelos telefones (19) 3803-3016, (19) 98918-1410 ou no site da Pró-Memória de Sumaré.

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