Um bailarino americanense de apenas 9 anos de idade representará Americana na seletiva para o principal corpo de balé do mundo. Morador do Jardim Alvorada, Vicenzo Pessoa conquistou uma das duas vagas do Estado de São Paulo para participar da audição para a Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville, em Santa Catarina.
Após passar pela primeira audição em março, o jovem bailarino viaja nesta quinta-feira (17) em busca de um espaço na única filial do famoso Teatro Bolshoi da Rússia, a maior companhia de balé do mundo. A seleção que Vicenzo vai participar acontece entre os dias 18 e 19 deste mês.
O jovem bailarino conta que no momento em que participou da seletiva se sentiu confiante e firme, e que deve seguir assim para a próxima audição.
“Eu fiquei muito feliz que eu passei e eu vou dar o meu melhor para passar para a segunda fase. Se eu não passar tudo bem, eu sou pequeno e tenho muitas coisas pra aprender pela frente. Se eu passar de qualquer jeito vou estar feliz”, destaca.
A primeira fase da seleção do balé Bolshoi é a etapa médico-fisioterápica, que analisa a estrutura, postura, habilidades físicas e motoras dos candidatos. A segunda etapa é a artístico-musical e cognitiva, que avalia as habilidades técnicas e artísticas, musicalidade, projeção cênica e desempenho intelectual. Se Vicenzo for aprovado, ele conquistará uma bolsa para estudar na escola já no ano que vem.
TRAJETÓRIA
Vicenzo iniciou seus passos na dança quando tinha apenas 6 anos, ao ver os ensaios da valsa que os pais, Robert e Mariza Pessoa, dançariam no dia casamento. O menino ficou fascinado pelos movimentos e, segundo ele mesmo, sentiu um impulso de querer dançar mais.
“Eu tive uma ideia de participar da dança, foi quando depois eu soube de uma inscrição de balé. Agora eu estou com nove anos e de lá pra cá eu nunca mais parei. Pra mim dança significa paixão, harmonia e alegria”, destaca o bailarino.
Para a mãe Mariza, ver o comprometimento de Vicenzo com a dança é motivo de orgulho. “O coração transborda de tanta alegria e, pra nós, vivermos nesse meio do balé, além de novidade, é gratificante diz.
A família não tem bailarinos e o desejo de Vicenzo em querer aprender a arte foi visto com surpresa, mas sempre muito apoiado pelos pais.
“Explicamos para ele sobre o preconceito que tem de meninos na dança, mas que se ele quisesse isso na vida dele a gente estaria ali para apoiar”, diz orgulhosa.
Orgulho esse transborda também para os professores, que seguem na torcida para que o menino conquiste a oportunidade. A professora Mayne Sass, da escola Ballet-Art Sandra Godoy, onde Vicenzo pratica quatro dias por semana, afirma que sempre quis ter o pequeno Vicenzo como aluno.
“Ele é muito esforçado, dedicado, atento, e eu falo que ele tem até uma postura de maturidade que para a idade dele não é muito comum, então é muito gostoso dar aula para ele”, relata a professora.
COMPETIÇÕES
Apesar de dançar já há três anos, apenas em 2023 ele passou a competir em festivais e mostras de dança. Só neste ano de 2024, ele esteve no pódio oito vezes, estando sete vezes na primeira colocação. O prodígio do balé americanense tem muita torcida pra essa próxima audição.
Quem quiser acompanhar mais sobre o bailarino, pode encontrá-lo nas redes sociais meio pelo qual ele tem divulgado a própria arte e um pouco da vida rotineira que toda criança leva, sempre com leveza e muita brincadeira.
