sexta-feira, 19 abril 2024

‘Do Abismo às Estrelas’ em cena

Após realizar uma temporada de sucesso em São Paulo, o espetáculo “Do Abismo às Estrelas” será apresentado neste domingo (22), a partir das 19h, no Teatro Municipal Lulu Benencase em Americana.

A montagem fala de amor, livre arbítrio e perdão. O romance do imortal literato francês Victor Hugo, psicografado por Divaldo Pereira Franco (voz em off), reflete sobre questões humanas e sociais como a prática do aborto e da eutanásia, além de tratar de temas como ética, relacionamentos humanos e profissionais, adoção, medicina, ciência, espiritualismo e valores.

O espetáculo, ambientado entre as décadas de 1920 e 1940, apresenta a história de uma jovem médica, Suzette Sara, que vivencia suas escolhas, contradições e consequências, em dois momentos de sua vida.

JORNADA

Segundo Maritta Cury, atriz e produtora da peça, a produção de “Do Abismo às Estrelas” foi um desafio que foi apresentado ao grupo por Washington Luiz Nogueira Fernandes, biógrafo do Divaldo Franco e grande admirador do Victor Hugo e de toda sua obra. “Ele fez o convite à autora Lurimar Vianna, que fez a adaptação da obra do Divaldo, e propôs a mim e ao diretor Renato Scarpin esta empreitada. Topamos na hora, pois o texto está lindíssimo e as temáticas abordadas são de extrema importância nos dias atuais. Fora o fato de que estamos tendo a oportunidade de homenagear Divaldo com sua voz que faz parte do espetáculo, iluminando o palco”, conta.

A produtora ainda conta que Lurimar, que além de autora da peça também faz parte da equipe de produção, emergiu na obra, lendo-a e relendo-a, conseguindo chegar a um resultado muito satisfatório na adaptação para teatro. “Com o texto pronto, fizemos um longo trabalho de mesa com o diretor Renato Scarpin, uma preparação de elenco bem intensa, na qual nos debruçamos em cada palavra contida na história, entendendo perfeitamente cada personagem, cada situação, cada momento a ser vivenciado”, relembra.

Todo este processo durou 3 meses e somente após terminado foram iniciados os ensaios, por mais um período entre 2 a 3 meses. “É uma obra bastante desafiadora, pois fala de assuntos muito fortes e que envolvem todos os seres, por isso precisamos estar muito preparados e vigilantes”.

Para Maritta, o desafio foi criar uma unidade na interpretação de todo o elenco e no trabalho da equipe que transmita a profundidade que a temática requer. “Hoje vemos que alcançamos com muita beleza esse objetivo!”, comemora.

Ela ainda destaca a grande importância da obra como um manifesto da necessidade do ser humano em se dedicar a ter um olhar para o seu interior, para o outro e tudo o que isso envolve.

“A mensagem principal da peça é o livre arbítrio, suas escolhas e consequências, mostrando que há esperança e redenção, pois sempre poderemos corrigir erros, nos melhorar, nos transformar”, completa.
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