segunda-feira, 11 agosto 2025

Em filme, Maria Fernanda faz bruxa

Na sequência de Harry Potter, que estreia hoje, Brasil ganha aceno de uma das maiores franquias do cinema 

No novo “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”, o país ganha um aceno de uma das maiores franquias do cinema, sendo representado pela atriz Maria Fernanda Cândido (Foto: Reprodução)

Uma multidão de pessoas vestindo roupas de época se aglomera em ruas cenográficas, empunhando cartazes, bandeiras e varinhas. Em vários deles, é possível ver o rosto delicado mas marcante de uma mulher, com o nome Vicência Santos escrito abaixo. As cores verde e amarela tremulam conforme aquela turba caminha e logo fica claro para o espectador – chegou a hora de o “Wizarding World”, o mundo mágico de “Harry Potter”, visitar o Brasil.

No novo “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”, o país ganha um aceno de uma das maiores franquias do cinema, sendo representado pela atriz Maria Fernanda Cândido, no papel de uma candidata ao posto de líder do mundo bruxo.

Mas é bom os fãs não se animarem tanto assim. Apesar de uma grande participação do Brasil no terceiro filme da saga “Animais Fantásticos” ter sido prometida, o país acabou relegado à tímida aparição de Cândido e mais poucos segundos de tela – numa cena ambientada no parque Lage, no Rio de Janeiro, que se piscar, você perde.

Originalmente, “Os Segredos de Dumbledore” deveria tomar o Brasil dos anos 1930 como cenário, mas a pandemia impediu que sua equipe viajasse para cá e, após uma série de mudanças na trama – o roteiro de J. K. Rowling e Steve Kloves é baseado num outro roteiro da mesma Rowling, veja só, o país acabou preterido por Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e Butão.

Será, portanto, um filme com gosto agridoce para o Brasil, lar de um público avassalador de potterheads – como são chamados os fãs obcecados por “Harry Potter”. Cândido sentiu, aliás, uma responsabilidade enorme ao representá-los dentro da franquia, tendo poucos minutos para brilhar.

Em entrevista por vídeo, ela conta que chegou ao projeto de surpresa, após um teste para um filme de fantasia que, antes de assinar o contrato e vários termos de confidencialidade, não sabia se tratar da popular franquia. Quando descobriu, vibrou, já que “Harry Potter” faz parte da memória afetiva dela com os filhos.

“Foi muito desafiador, porque esse foi meu primeiro filme na Inglaterra e um set de filmagem é sempre uma reprodução daquele caldo cultural. Eu gostei muito de ter esse contato com o jeito deles de fazer cinema, que é bastante específico”, diz a atriz sobre a coprodução entre Reino Unido e Estados Unidos.

“E é claro que, por ser uma produção enorme, houve também um aprendizado enorme. A gente gravou muito com fundo verde e eu nunca tinha feito um filme com efeitos especiais nesse nível, então tive que aprender a contracenar com elementos que nem estavam em cena.”

Ela teve que aparecer, por exemplo, com um qilin, criatura fantástica que tem papel fundamental nas eleições bruxas que Cândido protagoniza em “Os Segredos de Dumbledore”. Também precisou fazer magia com sua varinha, objeto tratado de forma ritualística no set, ela conta.

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