sábado, 19 abril 2025

Em novo álbum, Katy Perry tenta fazer as pazes com sequência turbulenta na carreira e vida pessoal

Katy Perry lança o sexto álbum de sua carreira dez anos depois do sucesso “Teenage Dream”, seu terceiro disco. Mas a americana, que vinha numa trajetória ascendente ao longo da última década, parece ser outra agora. 

“Smile”, recém-chegado às plataformas de streaming, vem depois do fracasso do último disco, “Witness”, de 2017, e de uma série de polêmicas na vida pessoal da cantora, entre elas a separação do comediante Russell Brand, que deu origem ao documentário “Katy Perry: Part of Me”, em que ela revela boa parte de suas feridas e crises emocionais. 

No novo álbum, no entanto, a artista parece tentar fazer as pazes com essa sequência turbulenta de sua vida e carreira. 

“Eu descreveria meu novo álbum como esperançoso, resiliente, alegre e minha própria jornada de atravessar o inferno”, ela disse, em entrevista ao The Sunday Times Style em julho deste ano. 

Os nomes das faixas já remetem a essa tentativa de superação, como em “Cry About It Later”, “Resilient” e “Smile”, que batiza o disco. 

Esta última, lançada como single neste ano, resume essa tentativa nos primeiros versos. “Marque isso, amor, eu sou grata/ preciso dizer que já faz um tempo/ mas agora eu trouxe de volta esse sorriso.” 

Não que os problemas da cantora tenham acabado por completo. Durante uma participação no programa de rádio “Q on CBC”, ela disse em junho que considerou se suicidar há três anos, depois de se separar do ator Orlando Bloom, com quem se reconciliou. 

“Perdi o meu sorriso”, contou ao apresentador Tom Power. “Não sei se era um sorriso totalmente autêntico, mas estive no topo da alegria por um longo tempo. Foi a validação, o amor e a admiração do mundo exterior. E então isso mudou”, contou a artista. 

Ao longo do álbum, Katy Perry afirma estar “acordando de um sonambulismo”, se desculpa com seus pais e pede que não percam a esperança. “Eu sou resiliente, nasci para ser brilhante”, ela canta em “Resilient”, feita com os produtores de “Firework”, um de seus maiores sucessos. 

O disco, no entanto, sai ofuscado num ano com lançamentos importantes do pop, como “Chromatica”, de Lady Gaga, “Future Nostalgia”, de Dua Lipa, e “Folklore”, de Taylor Swift. Ainda assim, celebra a tentativa da cantora de virar a página. “Mas cada lágrima foi uma lição/ a rejeição pode ser uma proteção de Deus”, ela canta em “Smile”. 

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