segunda-feira, 25 novembro 2024

Experimentar o audiovisual e fortalecer o fazer teatral

Focado em fortalecer e valorizar o fazer teatral em suas variadas possibilidades na criação cênica, o Coletivo Egrégora se uniu à Cia Rubens Barbot e seus mais de 30 anos de história para experimentar o audiovisual em sua celebração de aniversário. De 17 a 20 de abril, sempre às 10 horas, quatro obras adaptadas ficarão disponíveis, gratuitamente, em link do Vimeo, nas páginas do Facebook e Instagram do Coletivo Egrégora.

Serão apresentados na Mostra Egrégora de Teatro dois longas e dois curta-metragem a partir dos espetáculos “Iroko: Meu Universo” (2018) e “La Petite Mort” (2019), construídos pelo Coletivo, e as criações da Cia Rubens Barbot: “Tempo” e “Nascimento”.  Nos dias 17 e 18 de abril, às 19 horas, a Mostra contará ainda com um bate papo com os atores/equipe, tanto do Coletivo quanto da Cia, sobre o processo de criação, a ser transmitido no canal do youtube ( www.youtube.com/coletivoegregora).

“Após um ano trabalhando à distância, a Mostra Egrégora de Teatro, a qual apresenta a união entre teatro e cinema, é um grande passo para um coletivo teatral que deseja se desenvolver também na sétima arte, virtual e presencialmente, no futuro pós-pandêmico.” – Afirma Fernanda Chazan, coordenadora do Coletivo Egrégora.

Egrégora é a força espiritual criada a partir da soma de energias coletivas, mentais e emocionais, fruto da congregação de duas ou mais pessoas. Fundado em 2016 dentro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), os artistas criam e produzem conteúdo artístico e cultural em coletividade e baseado em três principais vertentes: A produção cultural, o treinamento e o trabalho em rede.

O solo “Iroko: Meu Universo”, de Jeff Fagundes, sobre a história do universo em relação ao ator e sua negritude, e que hoje que compõe a Mostra, fez sua primeira temporada em 2019 no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto, no Humaitá e rendeu viagens internacionais para participação em festivais na Colômbia e no Zimbábue, por exemplo.

A segunda obra do Coletivo Egrégora que completa a Mostra, é “La Petite Mort” (2019). A cena curta, que traz a questão da saúde mental, da ansiedade e da depressão, já esteve em  festivais de esquetes nacionais e rendeu ao grupo a indicação e primeiro prêmio de Melhor Atriz para Fernanda Chazan, no Festival Tápias.

“Em francês, ‘La Petit Mort’ significa ‘a pequena morte’, que é a expressão usada para o momento exato após se ter um orgasmo. Eu sempre me fascinei com essa ideia de como podem existir maneiras variadas de se morrer (e, então, renascer) por tantas vezes, ainda em vida. Essa peça é um pulsar de algumas dessas possibilidades. Ela partiu de um espaço muito íntimo, que foi a perda gradual da minha própria avó para a demência, e chegou a esse lugar tão peculiar e vulnerável de questionar com astúcia qual é o magnetismo que nos conecta com essa coisa misteriosa que é a vida”, contou a autora Victória Brusco.

Para complementar a celebração e agregar na Mostra Egrégora de Teatro, A Cia Rubens Barbot – primeira companhia de dança negra contemporânea do Brasil – que possui 25 montagens de espetáculos teatrais, 3 trabalhos com audiovisual, 8 espetáculos e performances de rua e ganhadora de 37 prêmios nacionais e internacionais, selecionou o espetáculo “Tempo”, com uma cantiga em referência ao Orixá “Loco” ou “Iroko” e a peça “Nascimento”, baseado no poema Dias de Quizomba, de Conceição Evaristo.

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