quarta-feira, 24 abril 2024

Festival quer apagar fama de evento fútil

“O Grande Circo Místico” é o nome do filme que abre o Festival de Gramado, hoje. Mas poderia também definir a pecha da qual a mostra gaúcha de cinema luta para se desvencilhar.

Os filmes deste ano, alguns endossados por eventos internacionais, são uma tentativa de limpar certo pendor pelo espetaculoso que já apelou até para trazer Xuxa e o elenco de “Malhação” para o tapete vermelho da serra gaúcha.

É por ali que passará Cacá Diegues, entre enormes Kikitos e suas cabeças de sol. O diretor apresenta seu “O Grande Circo Místico” (o filme, não o festival). A obra, que esteve no Festival de Cannes, é um épico sobre cinco gerações de uma família à frente da lona.

Vincent Cassel, Jesuíta Barbosa, Bruna Linzmeyer, Mariana Ximenes e Juliano Cazarré estão no elenco da produção inspirada em poema de Jorge de Lima.

“Benzinho”, de Gustavo Pizzi, e “Ferrugem”, de Aly Muritiba estreiam no país após incursão em Sundance, a meca do cinema independente.

“Mormaço”, de Marina Meliande, tem as obras olímpicas no Rio como pano de fundo, e acompanha uma mulher que sofre mudanças no corpo à medida que muda a cidade.

O filão das cinebiografias está representado por “Simonal” e “10 Segundos para Vencer”.

O primeiro, protagonizado por Fabrício Boliveira, rememora o músico que acabou escanteado pela “intelligentsia” ao se ver envolvido com a repressão na ditadura militar. O outro tem Daniel de Oliveira no papel do boxeador Éder Jofre, que tinha fora dos seus ringues o seu maior oponente, o pai-treinador.

Entre os famosos do público, há Daniela Thomas (“Linha de Passe”) e Jayme Monjardim (“O Tempo e o Vento”).

A competição se completa com “A Voz do Silêncio”, drama com Marieta Severo no elenco, e “A Cidade dos Piratas”, animação de Otto Guerra.

| FOLHAPRESS

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