Empresa foi uma das cinco companhias que resultaram, em 1971, na criação da Fepasa
Por meio da visão de um ex-ferroviário, um minidocumentário produzido pela Secretaria da Cultura de Araraquara (a 273 km de São Paulo) apresenta detalhes da EFA (Estrada de Ferro Araraquara), uma das cinco companhias que resultaram, em 1971, na criação da Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.).
Lançado em 30 de abril como forma de homenagear o Dia do Ferroviário, celebrado naquela data, o minidocumentário de pouco menos de 12 minutos de duração conta histórias sobre a ferrovia em Araraquara a partir de imagens do Museu Ferroviário Francisco Aureliano de Araújo, inaugurado em 2008, e das memórias do aposentado Geraldo Benedicto, o Chumbinho, que trabalhou 30 anos na Estrada de Ferro Araraquara.
A história de Araraquara sofreu forte influência da estrada de ferro – tanto que o clube de futebol da cidade é a Ferroviária e poderia ser contada, como diz o início do minidocumentário, a partir dos objetos que fazem parte do acervo do museu.
Composto por dois pavimentos que abrigam salas do chefe e de comunicação, entre outras, o museu expõe aos visitantes aparelhos como telégrafos, luminárias, uniformes, lampiões e peças de banheiro.
“Não sei porque foi acabar isso aí, rapaz. Dá saudade até hoje”, diz o aposentado em um dos trechos do vídeo.
Produzido pela equipe da coordenadoria de acervos e patrimônio histórico da Secretaria da Cultura em parceria com o Museu Ferroviário e o MIS (Museu da Imagem e do Som), o material mostra o surgimento da ferrovia e o desenvolvimento da cidade, que estão entrelaçados, e homenageia homens e mulheres que dedicaram suas vidas a atividades ferroviárias.
Chumbinho fala de como era a vida de ferroviário e as transformações registradas no decorrer das décadas na vila ferroviária, onde mora até hoje.
O museu ferroviário de Araraquara foi reinaugurado em 2011 na antiga estação, três anos após sua abertura. No térreo os visitantes podem conhecer onde era a sala do chefe da estação, com móveis e objetos de época, além da sala de comunicação.
Já no piso superior, há o memorial do imigrante, o salão principal, um auditório e a sala dos ferroviários.
As outras empresas ferroviárias que foram unificadas sob a sigla Fepasa foram a Companhia Paulista, a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, a Estrada de Ferro Sorocabana e a São Paulo-Minas.