sexta-feira, 19 abril 2024

Parada do Orgulho LGBTIA+ retorna

A comemoração da Parada LGBTIA+ levou uma multidão da região até a Avenida Paulista no último domingo 

Acolhimento e pertencimento foram palavras escolhidas para marcar a sensação de estar no evento (Foto: Reprodução / Rafael Gorizan Resina / Tododia Imagem)

A 26º Parada do orgulho LGBTIA+ voltou na tarde de domingo (19) presencial, após dois anos com o evento em formato digital. A organização do evento divulgou que o público passou de 4 milhões de pessoas, que acompanharam o evento nas Avenidas Paulista e Consolação. 

A expectativa do público era grande, muitos disseram que estavam ansiosos para participar do evento presencial. Por conta da pandemia da Covid 19.

No percurso, dezenove trios-elétricos percorreram a Paulista e a Consolação até a Praça Roosevelt, onde as atrações músicais, Thiago Abravavel, Ludmilla, Lexa, Mc Rebecca, Matheus Carilho e fechando o último trio a mais esperada atração, Pabllo Vittar  cantanto suas músicas mais famosas.

A segurança do evento foi bastante reforçada, mas, mesmo assim, não evitou alguns furtos e roubos de celulares. A cantora Pepita comandando um dos trios-elétricos, chamou atenção de homens estavam roubando algumas pessoas próximo ao trio. Ela pediu para os seguranças retirarem os suspeitos do local. 

Aproximadamente 2.000 policiais foram destacados para o patrulhamento do desfile, que não teve ocorrências graves de violência, segundo balanço divulgado no domingo (20) pela PM. Um momento do evento a cantora Pabllo Vittar foi atingida por uma taça arremeçada pelo público, mas seguiu a cantar no trio-elétrico.

O tema deste ano foi “Vote com Orgulho” e, muitos os momentos o público gritou “Fora, Bolsonaro”. Segurança, acolhimento, pertencimento. As palavras escolhidas por participantes da 26ª Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo para definir a sensação de estar no evento costumam ser uma variação dessas três.

Mas, isso está longe de significar que a multidão na avenida Paulista era homogênea. Assim como a sigla que designa o público do evento cresceu e já tem sete letras, a população LGBTQIA+ que ocupava o cartão postal de São Paulo tinha histórias, demandas e bandeiras próprias. Literalmente.

Além da tradicional bandeira do arco-íris, tomavam as adjacências do Masp os emblemas azul claro, rosa e branco, das pessoas trans; o rosa, amarelo e azul das pansexuais; e o azul, rosa e lilás, dos bissexuais, entre outros.

A esses públicos se somavam gays, lésbicas, assexuais, queers, pessoas não binárias, entre outras, sem falar nos que estavam ali para apoiar um filho ou um amigo ou apenas se divertir.

Mesmo dentro desses grupos, a diversidade era visível. Não era todo mundo que achava que o rótulo importava. “Não me identifico com letra nenhuma, o que me importa é o amor”, comentou Fernando Ramalho de Almeida, 38, com asas de anjo vermelhas. 

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