A Biblioteca Municipal de Americana se transformou no palco da primeira edição do Festival de Literatura de Americana (FLIAM) neste sábado (8). Mesmo com as mudanças causadas pelas fortes chuvas que atingiram a região, o evento reuniu cerca de 40 expositores, debates literários, saraus, contação de histórias e diversas atividades voltadas ao universo da leitura.
Criado com o propósito de valorizar diferentes estilos e vozes da literatura contemporânea, o festival tem como foco autores e editoras da região e busca aproximar o público do hábito de ler. A proposta, segundo os organizadores, também é formar novos leitores e fortalecer o vínculo entre a comunidade e a cultura literária local.
“A necessidade vem pelo fato de a literatura possuir uma importância que vai além da palavra. A literatura é interação, é experiência, e a nossa cidade é pauta de cultura literária. Então, a necessidade do festival surge a partir disso: de fomentar a literatura, de incentivar a criatividade e a escrita. O interessante é que é um projeto que abrange desde crianças até pessoas adultas”, afirmou Douglas Bonganhi, um dos idealizadores do evento.

Três categorias de expressão
A programação foi dividida em três áreas principais: a Alameda de Escritores, voltada a autores da região, especialmente os ligados à Câmara Setorial de Literatura; o Espaço dos Expositores, que reúne editoras, artistas e livrarias; e um espaço dedicado a mesas-redondas, saraus e conversas com convidados.
“Desde o ensino médio a gente já vive esse mundo da poesia, da literatura, e sabe o quanto é importante ter esse incentivo. Então, a gente criou o concurso para isso. Realizar esse festival com tantos expositores é mostrar o trabalho, é expandir, é fazer com que as pessoas conheçam as obras e adquiram os livros. É a realização de um sonho”, afirmou Gabriela Martins.
Durante o festival, o público também pôde participar do concurso de crônica e poesia, que distribuiu prêmios em dinheiro: R$ 1 mil para o primeiro lugar, R$ 500 para o segundo e R$ 250 para o terceiro, em duas categorias — infantojuvenil (estudantes do Ensino Fundamental II e Médio) e adulto.
Além da programação literária, o espaço recebeu a Feira Ameriart, com trabalhos de artesãs e artesãos locais, oferecendo bordados, pinturas, crochê, artigos de moda e decoração, além de sabonetes artesanais e outras opções criativas.

Evento continua no domingo
No domingo (9), a programação da FLIAM segue com uma série de atividades. Entre os destaques do dia estão as mesas “A escrita de mulheres negras”, com Luciana Diogo, e “Vozes da periferia: arte, poesia e resistência”, com Lucas Afonso. O público também acompanha a divulgação dos vencedores do concurso literário, encerrando o festival com o Sarau Poetiza-Me e o tradicional Microfone Aberto, que dão espaço à participação popular.
A previsão é que o segundo dia do evento aconteça na Praça Comendador Müller, local onde o festival seria realizado inicialmente.





