sexta-feira, 19 abril 2024

Sinfônica leva música ao Trabalhador

Programa inclui peças clássicas, Carlos Gomes e até sambas, sob a regência de maestro premiado na Itália 

Renovação | O regente convidado Eder Paolozzi (Foto: Divulgação)

A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas apresenta no dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador, concerto gratuito, na Concha Acústica do Taquaral. O evento começa às 18h, com entrada pelo portão 3 da Lagoa. O maestro convidado é Eder Paolozzi, regente titular da Nova Orquestra e da Funk Orquestra. No repertório, obras de Carlos Gomes, clássicos, músicas românticas e seleção de sambas.

Este será o primeiro concerto do ano da Orquestra na Concha. O último foi o de Natal. O maestro convidado Eder Paolozzi também já regeu a Orquestra Sinfônica de Campinas em 2019, no concerto em homenagem ao Mês da Consciência Negra com a participação do rapper Criolo e o lendário sambista Nelson Sargento.

“É muito importante poder fazer esses concertos abertos e, em especial este em homenagem ao Dia do Trabalho e com músicas alegres e animadas, à altura de uma grande comemoração que a data merece”, destaca a secretária municipal de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli.

O concerto inicia com a “Abertura da Ópera Fosca”, uma das mais importantes obras de Carlos Gomes. Fosca é a segunda ópera de Gomes, quando apresentada no Teatro alla Scala de Milão, fez tanto sucesso que teve quinze recitais. Esta obra de 1873, foi dedicada ao seu irmão José Pedro de Sant’Anna Gomes.

A apresentação segue com as ‘Danças Polovetsianas’, da ‘Ópera do Príncipe Igor’, do compositor Aleksandr Borodin. Ele, como tantos outros compositores, tornou-se conhecido do grande público por adaptações de suas obras para canções populares. Os norte-americanos Robert Wright e George Forrest, adaptaram “Dança Deslizante das Donzelas” desta ópera em “Stranger in Paradise”, para o musical Kismet, canção esta que teve muito sucesso na voz de Tony Bennett.

Na sequência, será a vez das ‘Danças Eslavas’ de Antonin Dvorák, que trazem os ritmos das músicas folclórica da Morávia e da Boêmia, sua terra natal. Para alguns críticos, sua obra é a mais completa recriação de uma linguagem nacional no estilo sinfônico tradicional.

As ‘Danças Húngaras’ de Johannes Brahms, acompanham o compasso da alegria e são baseadas em temas húngaros concluídos em 1879. As ‘Danças’ estão entre as obras mais populares de Brahms e foram as mais lucrativas para o compositor.

No programa também consta uma das valsas mais ouvidas no mundo: a famosa ‘Danúbio Azul”, de Johann Strauss II. O compositor entrou para a história da música clássica como o “Rei da Valsa”. Sua fama sobreviveu ao tempo. Ainda hoje é lembrado pelos acordes de “No Belo Danúbio Azul”, usados na trilha sonora do clássico do cinema “2001 – Uma Odisséia no Espaço” (1968), filme de Stanley Kubrick (1928-1999), um dos maiores diretores do mundo.

A “Marcha Radetzky” (que é do Johann Strauss I, o pai do Strauss II) também está no repertório. Ela foi composta e dedicada ao Marechal de Campo Joseph Radetzky von Radetz. Foi apresentada pela primeira vez em 31 de agosto de 1848 em Viena e logo se tornou popular entre os soldados em marcha.

As obras do compositor e arranjador brasileiro, Cyro Pereira, também serão apresentadas a partir de temas de Tom Jobim: as ‘Jobimnianas’ e também as fantasias sobre obras de Luiz Gonzaga em sua ‘Gonzaguianas’. Cyro Pereira foi o maestro dos famosos Festivais da Record e cofundador da Jazz Sinfônica.

Para encerrar, a ‘Seleção 3 Sambas’, com arranjo do maestro e compositor brasileiro Luiz Arruda Paes. “Destaque para os sambas ‘Marina’, de Dorival Caymmi; ‘Samba de Verão’, de Marcos Valle e ‘Aquarela do Brasil’, de Ary Barroso. 

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