Sem convencer novamente e apresentando erros na transição ofensiva e na criação das jogadas, a seleção fez o suficiente para vencer Camarões por 1 a 0, ontem, no Stadium MK, em Milton Keynes, cerca de 87 quilômetros de Londres.
Assim, encerrou o ano com 100% de aproveitamento no período pós-copa. Antes do triunfo diante dos africanos, venceu Estados Unidos (2 a 0), El Salvador (5 a 0), Arábia Saudita (2 a 0), Argentina (1 a 0) e Uruguai (1 a 0).
Com exceção dos uruguaios e argentinos, que ocupam a sexta e a 12ª colocação no ranking da Fifa, respectivamente, os outros adversários estão em posições bem inferiores, como os sauditas, atualmente em 72º lugar.
Ontem, o time apresentou outra vez erros no meio-campo, na transição ofensiva e na criação das jogadas.
Um dos motivos da falta de criação do time pode ser a saída de Neymar, logo aos sete minutos. Ele sentiu uma lesão na região da virilha direita e foi substituído por Richarlison.
Com estilo diferente do camisa 10, que costuma sair do lado esquerdo e cair para o meio, o atacante do Everton foi o destaque positivo do amistoso. Procurou o jogo, tomou a iniciativa e o esforço foi premiado com um gol de cabeça, aos 45 minutos.
Assim, igualou Neymar como o goleador do Brasil no período pós-copa, com três gols.
Se Richarlison ganhou pontos com Tite, o volante Paulinho, que atuou pela primeira vez pela seleção após o Mundial da Rússia, deixou a desejar.
Ele foi utilizado pelo lado esquerdo do meio-campo. Com a entrada do jogador do Guangzhou Evergrande, da China, Arthur jogou recuado à frente dos zagueiros e Allan, do Napoli, pelo lado direito.
Foi a primeira vez desde que assumiu o comando da seleção que Tite iniciou o jogo sem um volante com características mais defensivas.