sexta-feira, 22 novembro 2024

Amador de Americana: Segundona pode parar no tapetão

Reunindo equipes tradicionais do futebol local, a Segunda Divisão do Campeonato Americanense de Futebol foi cercada de expectativa para esta temporada por conta dos participantes e de ex-atletas profissionais inscritos. O torneio, entretanto, está paralisado na reta final da primeira fase devido à não realização de alguns jogos e uma série de recursos impetrados contra clubes que teriam descumprido itens do regulamento do torneio. 

No site oficial da LAF (Liga Americanense de Futebol), o último registro de resultados da competição data de 29 de setembro. O TODODIA entrou em contato com membros da diretoria da entidade, por meio de aplicativo de celular e ligações, para um posicionamento do porquê da suspensão das rodadas finais da primeira fase e da confirmação dos recursos e consequente julgamento. Porém, não obteve retorno até o fechamento desta edição. 

Dentre os clubes que teriam cometido irregularidades e estariam sujeitos a eliminação, dois têm cem por cento de aproveitamento: o Guarani e o Cidade Jardim, que publicou nota a respeito do fato, alegando que “algumas equipes que não se classificaram dentro das quatro linhas entraram com o recurso” e “pedimos a compreensão de toda a nossa torcida e afirmamos ainda que estamos certos, conforme o regulamento exige”. 

IMBRÓGLIO 

O imbróglio está no parágrafo 1º do artigo 7º do regulamento, segundo o qual cada equipe pode inscrever quatro atletas que participaram da Primeira Divisão deste ano em seu elenco. A denúncia aponta que o Cidade Jardim teria um número superior de atletas nesta condição, estando, portanto, irregular. 

Em sua defesa, a agremiação cita estar no limite permitido, tendo registrado os atletas Danilo Neco, Lucas Silva, Samuel Costa e Nathan Santos que, na elite, defenderam, respectivamente, São Vito, São Roque, Descubra e Cantareira. 

O técnico da equipe, Luiz Feitosa, o Tuiú, comenta a respeito da paralisação do torneio. “O campeonato está parado novamente porque eles estão mais preocupados em punir equipes do que organizar a competição. Se eles autorizaram quatro jogadores da Primeira Divisão, fechou. Era só ter um sistema que controlasse isso, mas não tem. Americana perdeu muitos times nos últimos anos por conta dessas coisas”, declarou. 

“Fizemos o planejamento há um ano, nosso elenco estava pronto quando a própria Liga entrou em contato informando que abriu para quatro jogadores da Primeira Divisão e foi aí que inscrevemos esses atletas, respeitando o limite. Falei com meus diretores e o Cidade Jardim está arrependido de voltar a participar de campeonatos geridos pela LAF”, completou o treinador. 

QUINTO ATLETA 

Representante do Guarani da Vila Amorim, outro time citado nos recursos como irregular, Helerson Crepaldi explica que não descumpriu o regulamento. “Alegam que um quinto atleta que jogou a Primeira Divisão está assinado para nós, mas ele não atuou, não apareceu em súmula. Se tivéssemos colocado ele em campo, aí sim, poderíamos ser punidos, mas não foi o caso e nosso advogado já entrou em contato com a Liga, apresentando toda a defesa”, disse. “O campeonato está parado, faz um mês que a gente não joga, tem jogo atrasado, tá tudo muito difícil. A Liga não passa uma posição oficial para a gente. Várias equipes deixaram de pagar a arbitragem e não foram punidas conforme consta em regulamento. Foi um trabalho danado para montar esse time e, agora, essa indefinição”, acrescentou. 

Restando cinco jogos a terem resultados publicados, além de Cidade Jardim e Guarani, que aguardam a definição da junta disciplinar da entidade para saber se serão eliminados ou não, Jardim da Paz e Botafogo também estão classificadas às quartas de final, que ainda tem quatro vagas em aberto. 

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