Pioneiro na prática do jiu-jitsu em Americana e região, o lutador Anderson Svilpa, de 43 anos, está completando duas décadas de dedicação à modalidade, primeiramente como atleta, campeão mundial em 2005, e mais recentemente como treinador responsável pela formação de jovens talentos na arte marcial. Em entrevista ao TODODIA, lembrou passagens importantes de sua carreira.
A INSPIRAÇÃO
O lutador explica o porquê da escolha pelo jiu-jitsu. “Eu era professor de capoeira e um dia assisti uma fita VHS de Vale-Tudo, o atual MMA. Me interessei e vi um brasileiro, o menor lutador, o mais magrinho, com as técnicas do jiu-jitsu ganhar o evento para minha surpresa. Ele era o Royce Gracie. Isso me inspirou”, detalhou.
“Vi uma placa na academia Movimento, do mestre de muay thai Prando Júnior, aqui em Americana, anunciando aulas de jiu-jitsu e logo me matriculei. Tive aulas com o professor Cléber que era de Limeira. Muitos da minha geração ficaram no meio do caminho e eu fui o primeiro morador de Americana a pegar a faixa preta na modalidade”.
VETERANO
“Comecei em 1999, e no ano de 2000 já ganhei meu primeiro título paulista de muitos. Quem começou antes de mim parou e, por isso, posso dizer que sou pioneiro, o praticante mais antigo do jiu-jitsu em Americana”, completou.
O lutador lembra com carinho do mundial conquistado há 14 anos. “Foi no Ibirapuera, em São Paulo. Ali eu aprendi que temos que acreditar nos sonhos e correr atrás do que queremos. E vivermos o momento. Ficaram os amigos, parceiros de treinos que dividiram dor, suor e alegrias”, apontou.
Svilpa explica a transição de atleta para treinador da modalidade. “Logo depois da conquista do mundial tive que assumir as aulas do professor de nossa equipe aqui de Americana, na época a Nova União, equipe grande do Rio de janeiro, a mesma do lutador do UFC, José Aldo”, lembrou.
“Como treinador trabalhei com medalhistas como Gabriel Bosquê, campeão mundial, paulista e cinco vezes brasileiro; o Nelson Kioshi, quatro vezes campeão do mundo; Dorival Pereira, Aislan Brajão, que é da luta olímpica, e outros. Formei mais de dez faixas pretas de várias cidades da região”, destacou o professor.
AGORA
Neste ano, Anderson participou de um projeto no limite dos municípios de Americana e Santa Bárbara d’Oeste, onde ministrava aulas da modalidade. Em 2020, porém, o ex-campeão mundial de jiu-jitsu voltará a dar expediente em uma academia americanense, a Fight House, de propriedade do lutador Luan Chileno.