Um grupo formado pelo técnico Rodrigo Ferraz e oito atletas do projeto AEMA (Associação Esportiva Meninas de Americana) de futebol feminino, que defende o Rio Branco em competições oficiais, está de volta ao município após participar da campanha que deu o vice-campeonato baiano da modalidade ao Juventude, de Belo Campo, clube presidido pelo ex-zagueiro Claudir, que participou, como jogador, do acesso riobranquense à elite do Paulistão em 1990.
O Campeonato Baiano de futebol feminino na 1ª divisão reuniu 18 clubes. Na 1ª fase, o Juventude garantiu classificação à sequência do estadual ao sair como líder de um grupo formado por Lusaca e Vitória da Conquista. Nas eliminatórias em jogo único, as meninas passaram por Poções, Queimadas e Jequié, nas oitavas, quartas e semifinais, respectivamente. Na decisão do título, dois jogos diante do Esporte Clube Bahia.
No primeiro confronto, no estádio Xaveirão, em Belo Campo, a equipe da Capital levou a melhor ao fazer 3 a 1. Na volta, disputada na Arena Fonte Nova, o Tricolor de Aço confirmou o título ao fazer 5 a 1 sobre o Juventude, que ficou com o vice- -campeonato. Ferraz conta como surgiu a parceria entre Rio Branco e Juventude. “O Claudir pediu meu contato para o Peixe-Gato, roupeiro aqui do Rio Branco, e através dessa indicação fui convidado para assumir o projeto do futebol feminino do Juventude nas disputas do Campeonato Baiano.
Fui para lá em 29 de setembro e fiquei até o fim de novembro, na decisão diante do Bahia”, explicou. O treinador fala das dificuldades na montagem do elenco no clube baiano. “Inicialmente, levei cinco atletas daqui porque o presidente disse que já havia jogadoras por lá, mas quando chegamos, vendo o elenco, percebi que não passaríamos de fase. Então, recrutei mais seis e ficamos com 11 jogadoras do nosso projeto aqui em Americana”, lembrou.
Rodrigo celebra a campanha, mas lamenta que a vaga para o Campeonato Brasileiro não veio. “Alcançamos a decisão de maneira invicta, mas paramos no Bahia, que já vem disputando competições mais fortes. O nosso objetivo quando fomos para lá era a vaga para o Brasileiro, mas com a segunda colocação não foi possível”, avaliou. Além de Rodrigo Ferraz, as atletas vinculadas ao Rio Branco de Americana que defenderam o Juventude foram a goleira Jaíne, as laterais Dany, Giovana e Juliana, a zagueira Dani Mogi, a volante Larissa, as meio – campistas Esquerdinha, Renatinha e Nayara, e as atacantes Mayara e Duda.
FUTURO
Ao TODODIA, Ferraz falou também sobre o retorno do grupo ao Rio Branco e os planos da equipe para 2020. “Continuo firme e forte no Tigre como técnico, e agora também conselheiro e devo fazer parte da nova diretoria. As meninas também continuam, porém, algumas já foram sondadas por equipes como Bahia e Atlético Mineiro”, revelou. “Conversei com o Gilson (Bonaldo, novo presidente do Tigre) e ele falou que vão nos ajudar indo atrás de patrocínios para poder disputar o Campeonato Paulista principal. Eu já tenho um time formado, mas, sem essa ajuda, não existe condições de jogar e é isso que vamos buscar”, disse.