Um almoxarife de 28 anos foi condenado a 14 anos de prisão em regime inicial fechado pelo homicídio de um pedreiro de 42 anos ocorrido no dia 9 de fevereiro de 2013, em um barracão no meio de uma área de mata, no Jardim Brasil, na região do Antônio Zanaga, em Americana. A sentença do júri popular foi proferida no final da tarde desta quarta-feira (11). Ainda cabe recurso.
Foi condenado Washington Henrique Gomes Moreira. Pelo que consta no boletim de ocorrência e no inquérito policial, o acusado matou com sete tiros nas costas o pedreiro Claudio Alves, 42, em um barracão que estaria supostamente sendo usado para consumo de drogas em uma área de invasão. O crime ocorreu por volta de 14h30.
Segundo o inquérito policial, a vítima estava no barracão, de propriedade da companheira, com mais cinco amigos, no quintal da residência, quando ocorreu o crime. A vítima e os amigos consumiam drogas, como aponta a perícia, por causa dos objetos encontrados na cena do crime.
O acusado teria pedido um liquidificador emprestado à vítima, que se negou a cedê-lo. Os dois discutiram. A vítima disse ao acusado que era moleque. O autor deixou o local e retornou com uma arma de fogo.
A vítima ainda tentou se defender com uma faca, mas foi atingida por sete disparos pelas costas da vítima, como consta no laudo anexado na ação penal. Morreu na hora.
O Ministério Público sustentou no processo que o acusado agiu com a intenção de matar e utilizou um recurso que dificultou a defesa da vítima. O laudo necroscópico comprovou que a vítima teve morte causada por traumatismo crânio encefálico. As balas atingiram o pescoço, ombros e costas da vítima. Um dos projéteis saiu pela testa do pedreiro.
Durante o depoimento prestado na polícia, o acusado negou a autoria do crime. Disse que estava em um churrasco para comemorar seu aniversário no dia dos fatos, mas sua tese foi derrubada pelas testemunhas. Ainda negou que era usuário de drogas e traficante. Consta na sua ficha criminal que teve envolvimento com drogas.
A reportagem ligou no telefone do advogado de defesa no começo da noite desta quarta, mas ninguém atendeu as ligações. A defesa recorreu até a última instância para cancelar o julgamento, mediante alegação de falta de provas sobre a autoria do crime, mas todos os recursos foram negados.
O tribunal do júri foi presidido pelo juiz Wendell Lopes Barbosa de Souza.