A Polícia Civil de Campinas ainda aguarda laudos dos institutos de Criminalística (IC) e Médico Legal (IML) para concluir o Inquérito Policial aberto para apurar a chacina na Catedral Metropolitana de Campinas.
O crime, que ontem completou um mês, foi cometido por um homem armado com uma pistola, que entrou na igreja logo após uma missa, matou cinco pessoas e se matou quando foi cercado e baleado por policiais militares, próximo ao altar do templo religioso. A tragédia repercutiu mundialmente.
Ontem, o delegado assistente no 1º Distrito Policial de Campinas, Renato de Almeida Vilar disse ao TODODIA que ouviu pela manhã uma mulher, sobrevivente da chacina, e que, segundo a Polícia, era o último depoimento que faltava ao inquérito.
A informação da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado é que os laudos devem ser concluídos, se possível, ainda neste mês de janeiro. Segundo a SSP, e a própria complexidade do caso – com múltiplas vítimas e ao menos duas armas para serem periciadas – contribui para a necessidade de mais tempo de trabalho de peritos e posterior emissão dos laudos.
Ao cometer a chacina, Euler Fernando Grandolpho, 49 anos, utilizou uma pistola automática importada 9 milímetros e um revólver calibre 38, este com numeração raspada.
As investigações da Polícia, com base em anotações do atirador, concluiu que a pistola foi adquirida pelo assassino, possivelmente no Paraguai, mas ainda não há confirmação sobre a procedência do revólver, arma mais comum principalmente no comércio ilegal.
No início da tarde de ontem, no mesmo horário em que há um mês ocorriam a invasão e crimes dentro da Catedral, foi realizada na igreja uma missa em lembrança às vítimas.
Ainda perplexos e comovidos com a tragédia, muitos dos fiéis tentavam entender o que leva alguém a cometer tal ato. As investigações da Polícia indicam que o matador planejava ao menos desde 2008 cometer uma chacina, de acordo com anotações em um diário encontrado pela Polícia.