ELIAS AREDES | CAMPINAS
Em virtude de dois rojões atirados pela torcida da Ponte Preta para dentro do estádio Moisés Lucarelli durante o jogo contra o Oeste no dia 2 de junho, a Ponte Preta perdeu dois mandos de campo. A decisão foi tomada pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) em julgamento realizado nesta quarta-feira (4). Também foi aplicada multa de R$ 10 mil. A medida já vale para a partida do próximo domingo, contra o Fortaleza, que seria realizada em Campinas e marcaria o reencontro da torcida com o time.
A decisão judicial provocou um estado de emergência na diretoria executiva da Ponte Preta. A providência inicial será tomada a partir das 7h da manhã desta quinta-feira (5), quando o advogado Luis Felipe Artioli entrará com efeito suspensivo para evitar assim que o time jogue em um local há 100 quilômetros de Campinas no domingo. Para comover os procuradores, serão apresentados o borderô do jogo e as providências tomadas em termos de promoção. “Já vendemos 700 ingressos neste primeiro dia”, afirmou o diretor de marketing Eric Silveira ao TODODIA.
Segundo ele, caso não aconteça uma inversão da decisão, o Código de Defesa do Consumidor oferece algumas saídas. “Ou podemos devolver o dinheiro do ingresso ou ele poderá utilizar o bilhete na primeira partida em que o time jogar em Campinas com portões abertos”, afirmou.
No documento oficial que serviu de base para a punição, o árbitro Dyorgines José Padovani de Andrade (ES), relatou a ocorrência. “Informo que aos 20 minutos do segundo tempo da partida foram arremessadas, de fora para dentro do estádio, bombas que explodiram no campo de jogo, próximo ao assistente 2 e a alguns jogadores. Os artefatos não atingiram ninguém e não interferiram no jogo, não sendo necessária a paralisação da partida”.
A Alvinegra foi enquadrada no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A lei diz que “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento esportivo”.
