O Rio de Janeiro continua vivendo uma tendência de queda nos assassinatos e acumula o menor número de homicídios intencionais dos últimos 30 anos, quando se iniciou a série histórica.
Foram mortas 2.153 pessoas no Estado nos primeiros sete meses deste ano, o menor índice para o período desde 1991. Só em julho foram 255 vítimas, também a menor quantidade em um mês. A marca já havia sido atingida em junho, quando houve 256 óbitos.
Todas as regiões tiveram redução de mortes com relação ao ano passado, com destaque para as áreas da Grande Niterói e da Baixada Fluminense (-18% cada uma). O interior, porém, teve uma queda tímida, de apenas 2%, segundo dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública do RJ nesta segunda (17).
Para o cientista político Pablo Nunes, pesquisador do Observatório da Segurança Pública do Rio que acompanha esses números mensalmente, a diminuição dos homicídios vem na esteira de uma tendência nacional e foi impulsionada pela pandemia do novo coronavírus.
“Estamos registrando há mais de um ano um contexto nacional favorável, e as medidas de distanciamento tiveram um papel adicional nesse movimento nos últimos meses”, diz.
A plataforma colaborativa Fogo Cruzado contabilizou uma queda nos tiroteios e disparos de arma de fogo na região metropolitana do Rio durante os cinco meses de quarentena. Foram 2.024 registros, contra 3.500 no mesmo período de 2019 – uma redução de 42%.
Os dados divulgados nesta segunda indicam também que as mortes por policiais continuaram baixas pelo segundo mês consecutivo após uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que restringiu as operações policiais no Estado na pandemia.