O Guarani confirmou ontem que não conseguiu efetuar o pagamento dos funcionários da agremiação, que estava marcado para quinta-feira. De acordo com o presidente Palmeron Mendes Filho, a quitação do débito acontecerá na próxima segunda-feira. O valor total não foi revelado pelo dirigente, mas a reportagem do TODODIA apurou que gira em torno de R$ 200 a R$ 250 mil.
“Infelizmente tivemos as nossas cotas penhoradas e estamos buscando outros recursos para honrar com o compromisso assumido”, disse o presidente.
Ainda segundo Palmeron, dois fatores provocaram o atraso no pagamento. O primeiro foram as ações trabalhistas, cujo pagamento já estava programado por intermédio do bloqueio das cotas.
O Bugre ainda foi prejudicado pelo imbróglio vivido pelo Coritiba com o Grupo Globo. Todos os integrantes da Série B deste ano perderam o valor da última parcela da cota televisiva. “Isso atrapalhou nosso cronograma de pagamento”, arrematou Palmeron.
Em novembro deste ano, a TV Globo negociou com os clubes o pagamento de parte das cotas entre 2018 e 2020. O Coritiba, entretanto, não acatou aos termos solicitados e não assinou o contrato emitido pela emissora, que cancelou o pagamento das demais equipes. A alegação do time paranaense foi o fato de possuir um vínculo com o Esporte Interativo e propôs um acordo apenas para a atual temporada, o que não foi bem aceito pela emissora.
Na última edição da Série B, com exceção de Coritiba e Goiás, os demais clubes recebem R$ 8 milhões, entre cota fixa e verba de logística. Os times alviverdes receberam a mais por terem campanhas recentes na Série A.
CONTRATAÇÕES
O Guarani superou concorrências e concluiu ontem as negociações com o armador Lucas Crispim, ex-São Bento, e o com o atacante Thiago Ribeiro, ex-Londrina. Além deles, o Bugre também acertou a renovação do zagueiro Ferreira e do meia Rondinelly. Já o lateral direito Lenon retorna ao Brinco de Ouro após empréstimo ao Vasco.