terça-feira, 23 abril 2024

Alagamento no prédio: quem paga?

As chuvas das últimas semanas deram bastante dor de cabeça aos paulistanos, principalmente para os moradores de um condomínio na Avenida Mofarrej, na Vila Leopoldina (zona oeste). A garagem alagou e a água encobriu os carros.

“Todos os anos chove e alaga na frente, mas nunca tinha entrado água dentro da garagem”, disse o músico Sandro Saga, 48 anos, que perdeu o Chevrolet Cruze. “Só deu tempo de descer e pegar o notebook do trabalho que estava dentro. A água já estava na canela.”

Saga diz ter um seguro com cobertura total, o que alivia o prejuízo. Já o designer de carros superesportivos Fernando Santos, 29, não pode dizer o mesmo. Ele havia levado a Lamborghini que faz parte de um projeto de uma produtora, avaliada em R$ 1,6 milhão e que posteriormente seria leiloada, para o prédio após uma sessão de fotos no dia anterior. O carro de luxo não tinha nenhum seguro.

“Desci para a garagem e vi que a água chegava à metade dos carros. Entrei em choque, cheguei a desmaiar”, disse Santos, em entrevista à Folha. O carro foi para uma loja de reparos.

Segundo o advogado Rodrigo Karpat, dificilmente um condomínio acaba sendo responsabilizado em casos como esse. “Se o condomínio se omitiu na manutenção, ou tem ciência de que ali poderia encher, ele pode ser considerado corresponsável, pois poderia ter agido para evitar o problema. Mas, se ele não concorreu com o problema, não ficar provada a sua responsabilidade, o morador terá que arcar com o prejuízo”, diz Karpat.

É importante ter um seguro bem feito, que cubra casos de enchente, orienta o advogado.

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