
O presidente da Câmara de Paulínia, Edilson Rodrigues Junior, o Edilsinho (sem partido), disputou sua primeira eleição em 2012, sendo eleito com 991 votos. Depois foi reeleito em 2016 como vereador da Câmara de Paulínia com 1.247 votos.
Em seu terceiro mandato, foi eleito em 2020 com 1.003 votos. Mas, uma década depois, em dezembro de 2022, foi eleito para presidir a Câmara de Paulínia no biênio 2023-2024.
Um ano já se passou e agora em seu último ano de mandato como presidente Edilsinho, em entrevista ao TODODIA, faz um balanço sobre os trabalhos do Legislativo e sobre o desenvolvimento da cidade na gestão do prefeito Du Cazellato.
TODODIA: O senhor tomou posse para o biênio 2023/2024, como presidente da Câmara Municipal de Paulínia. quais as suas prioridades como líder do Legislativo, especialmente agora que está em seu último mandato?
EDILSINHO: A nossa prioridade é manter a Câmara funcionando, independente da presidência. Eu acho que toda instituição pública, ela precisa ser elevada, precisa ser administrada com os funcionários de carreira. Aqui a gente tem os departamentos de cerimonial, que tem o Felipe, o financeiro, que tem o Reginaldo, que é o diretor, são os diretores. De informática, que tem o Fábio, o Seconello, o RH, que tem a Jani. E os departamentos, todos eles, fazem a parte deles. Os funcionários de carreira trazem, eu acho que é melhor para a Câmara, é melhor para a instituição e evita aquela história da política, que acaba cada presidente que entra quer inventar a roda e fazer do seu jeito. Eu acho que a Câmara tem que ter uma diretriz só.
Qual a sua visão sobre o papel do Legislativo Municipal em relação à gestão pública? Como os vereadores podem contribuir com o Executivo?
É um cargo político com responsabilidade jurídica e administrativa. Então a gente tem, hoje, o Tribunal de Contas, acho que é o maior desafio que qualquer presidente de Câmara tem. Porque eles cobram os presidentes de Câmara que fazem o trabalho administrativo de uma forma correta. Eu não vejo as cobranças do Tribunal de Contas como erradas. A maior exigência do Tribunal de Contas hoje é que exista um planejamento. E se você olhar a forma que acontecem as presidências da Câmara, elas se alternam de dois em dois anos. Então, por exemplo, eu vou fazer um planejamento até o final desse ano aqui. E depois o outro presidente vai fazer um planejamento até o final de 2026. E o planejamento tem que ser contínuo. Tem que ter uma diretriz contínua. Porque senão, na hora que eu assumi como presidente, se não existisse um planejamento já contínuo, não desse continuidade no planejamento que o Valadão, que foi o presidente anterior, tinha feito, eu começo a fazer tudo do meu jeito e mudo tudo o que vem acontecendo. E o Valadão fez um trabalho bacana aqui na Câmara num rumo bom. Então, isso tem que ser continuado.
Em sua avaliação, quais os principais projetos que surgiram de proposições dos vereadores e que hoje contribuem para a gestão pública da cidade?
Nós pegamos três mandatos conturbados, com várias trocas de prefeito. Então, os principais prefeitos que passaram aqui, os que foram eleitos, foram três. E a gente tinha muita dificuldade de relacionamento, porque quando passava para o prefeito alguma coisa que precisava… Vamos dar um exemplo. Hoje o prefeito vai inaugurar uma praça para o prefeito daquela época. E conversei com ele para fazer e a gente não via interesse de fazer, mesmo sendo uma necessidade daquele povo da Prefeitura, porque o vereador indica, faz a indicação, faz o requerimento, mas quem decide o que vai fazer na cidade é o prefeito. Nós temos um outro problema grave que tem. Dois outros problemas graves que nós tivemos na cidade. A ponte, por exemplo. Eu fiquei como vereador de 2013 até 2019. Quando o Du Cazellato entrou, ele decidiu fazer a ponte e fez. Então, que nem agora, o Alex Eduardo fez uma indicação, conversou com o prefeito para fazer a praça do Parque das Arvores. O Du fez a praça do Parque das Árvores. Então, o que a gente tem hoje com o Du Cazellato é uma coisa que nunca existiu entre Câmara e Prefeitura. sempre fez as indicações, sempre falou com os prefeitos, mas nunca foi ouvido. E hoje com o Du, a gente consegue que ele ouça a gente, talvez até por ele já ter ficado aqui e vivenciado tudo isso que eu estou falando.
O senhor acha que algum setor ainda precisa de maior atenção na cidade?
Nessa gestão todas as secretarias tiveram atenção. (…) O que eu vejo, assim, secretarias que vão sempre precisar de mais atenção, vão ser sempre educação, saúde, mobilidade urbana. Porque essas secretarias tiveram muita atenção do prefeito. Se você pegar o que foi feito em todas elas, foi feito bastante coisa. Segurança, por exemplo, nós tivemos monitoramento de câmera, sendo colocado na cidade inteira e nos prédios públicos, veículos novos, armas novas e boas, que possam combater mesmo o crime organizado aqui em Paulínia.
Qual a sua expectativa em relação a Paulínia para os próximos anos, mesmo não estando mais cadeira do Legislativo?
Olha, eu acho que a próxima eleição é muito importante para o andamento de Paulínia. Nós tivemos uma reforma administrativa que, a médio e longo prazos, trará perda significativa e nos próximos quatro anos é fundamental que o dinheiro público seja administrado com bastante responsabilidade e já pensando no futuro. Então, não dá pra gente ter um administrador, ter um prefeito que não olhe essa realidade e que não pense nesse futuro, e que venha para a Prefeitura com interesses próprios, igual nós tivemos prefeito de 2019 para trás, a gente tem que ter pessoas que olhem pra cidade, que pensem e que façam as coisas com responsabilidade, é isso que eu falo para a população. Eu faço parte do grupo político do Cazellato, ficaria muito feliz se a Justiça concedesse a ele a possibilidade de disputar a próxima eleição porque eu tenho certeza que ele tem esse perfil e que tem capacidade para conduzir a cidade nessa realidade que precisa. Dentro desse grupo, se o Du não puder participar, existem outras pessoas. E eu sou uma delas, mas eu acho que o nosso pensamento tem que ser um pensamento de cidade nesse momento, e não um projeto pessoal.
E qual é a Paulínia que o Edilson Rodrigues quer para daqui a quatro anos?
Eu acho que é a Paulina que continua fazendo o que é feito hoje, é a continuidade de um trabalho que está dando certo.