quarta-feira, 22 outubro 2025
FLORESCENDO DE NOVO - EP. 3

Especial Outubro Rosa: esperança é aliada na luta contra o câncer de mama 

TV TODODIA apresenta série de cinco episódios do especial Outubro Rosa
Por
Nicoly Maia

Durante um autoexame, Lila Magagnato percebeu uma alteração no seio e decidiu investigar. Fez exames particulares e levou os resultados à ginecologista do bairro. “Fiquei muito preocupada, porque sentia que algo não estava certo.”

A ginecologista informou que os exames não apresentavam alterações. Mesmo assim, Lila procurou outro especialista, pois continuava sentindo que algo não estava bem. No final de 2022, a biópsia confirmou o diagnóstico de um câncer maligno. “Quando me chamaram para conversar, já imaginei que não seria algo bom. Foi devastador ouvir que eu precisava iniciar o tratamento. Meu irmão também estava em tratamento de câncer de próstata, e minha mãe teve de lidar com dois filhos doentes ao mesmo tempo.”

Início da luta contra o câncer
Em março de 2023, Lila começou a quimioterapia. Foram quatro sessões de quimioterapia vermelha e 12 brancas. A queda de cabelo e os efeitos colaterais marcaram o início do tratamento. “Não foi fácil. Perdi todo o cabelo em 15 dias e passei muito mal na primeira semana, mas confiei em Deus e mantive a fé.”

O esporte se tornou uma importante estratégia para enfrentar a dor e o desânimo. “Participo de vôlei adaptado em Santa Bárbara. No começo, não conseguia ir, mas depois fui acolhida pelo grupo. O esporte ajudou muito na minha recuperação.”

Lila Magagnato enfrentou câncer de mama e um grave acidente no mesmo período. Foto: Ana Machado

Acidente agrava desafio
Em setembro, uma volta de moto com o marido terminou em um grave acidente. Lila fraturou o acetábulo, próximo ao quadril, e precisou adiar a cirurgia para janeiro. “Foram 19 sessões de radioterapia todos os dias em Campinas, junto com dores intensas do acidente. Fiquei um ano na cadeira de rodas, depois usei andador e agora consigo andar sozinha. Mesmo assim, sigo com o tratamento do câncer, em fase de remissão.”

Nesse momento, para Lila, foi essencial a rede de apoio. “O amor da família ajuda a enfrentar momentos difíceis e a recuperar forças.” Além disso, atividades como o artesanato e encontros com outras mulheres contribuíram para estimular sua recuperação.

Acompanhamento médico é contínuo
O mastologista Dr. Gildo Gardinalli Filho, da Unimed, reforça a importância do acompanhamento após o câncer de mama. “As pacientes devem manter consultas de rotina, especialmente nos primeiros anos pós-diagnóstico. É fundamental manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e exercícios físicos. Isso reduz o risco de recidiva e melhora a qualidade de vida.”

Mudança de pensamento
“É muito importante mudar o foco durante o câncer. Se você acordar chateada ou triste, faça esporte, encontre amigas, sorria mesmo quando dói. O esforço faz toda a diferença”, comenta Lila.

O objetivo mais importante nesse momento é manter o pensamento positivo e enfrentar o diagnóstico com a cabeça erguida. “Nesse período, é muito fácil a pessoa pegar depressão. O que eu falo para mim é mudar o foco da situação. Se doar por um momento para você”, reforça.

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