sexta-feira, 19 abril 2024

Inverno intensifica dores crônicas

Fisioterapeuta dá dicas para amenizar sintomas, que acabam ficando mais intensos nas baixas temperaturas

Ilustração Viva Bem dores do frio (Foto: Arte Agora SP)

Para pacientes de doenças reumáticas -aquelas que atingem as articulações, os músculos ou os ossos-, a chegada do inverno, que começa nesta segunda (21), significa também a piora dos sintomas, e uma série de mudanças de rotina para amenizar a dor. Mas este fenômeno não significa que a doença esteja se agravando.

O fisioterapeuta Cadu Ramos explica que as baixas temperaturas provocam mudanças no funcionamento do organismo, até nas pessoas jovens e saudáveis. Nossa coluna tende a se curvar, numa postura prejudicial para as costas, mas que auxilia a conservar o calor. A circulação sanguínea diminui, para manter a temperatura interna do corpo. Os músculos ficam mais rígidos, contraídos, piorando a sensação de dor.

O tratamento para as doenças que provocam tais dores continua sendo o mesmo, e não há o que fazer para impedir o frio de chegar. Mas existem métodos para se proteger.

Cobrir as extremidades, como pés, punhos, mãos, pescoço e cabeça, ajuda a aquecer todo o corpo. As bolsas de água quente, aplicadas na área da dor por 20 a 30 minutos, também são indicadas. No caso das dores crônicas, é possível aliar as bolsas de água quente com as de água fria.

Ramos ainda recomenda manter uma rotina de alongamentos e exercícios leves durante o frio, na medida do possível. Espreguiçar-se ao acordar, esticar as pernas e tentar alongar os membros é essencial: estes movimentos mantêm as articulações bem lubrificadas, reduzindo a sensibilidade à dor.

Quando existem fraturas antigas que voltam a incomodar ou uma doença degenerativa, é recomendável buscar sessões de fisioterapia. E para quem sente dores mais leves no inverno mesmo sem ter qualquer problema reumático, o fisioterapeuta tranquiliza.

“Na minha opinião, não há necessidade de procurar um médico por conta dessas dores. Nos dias frios, realmente, nós temos dificuldade para nos mexer desde o momento que saímos da cama”, diz. “O ato de sair dali já é difícil, porque estamos parados, rígidos, num ambiente quente. É natural”.

(Juliana Santos)

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