quarta-feira, 1 outubro 2025
SETEMBRO AMARELO

Fim do ‘Setembro Amarelo’ reforça prevenção do suicídio em adultos autistas

Especialista alerta para taxas alarmantes de risco e destaca importância da empatia, psicoterapia e redes de apoio na prevenção
Por
Thayla Nogueira

O Setembro Amarelo termina nesta terça-feira (30), mas o alerta para a saúde mental de grupos vulneráveis continua. Entre eles estão os adultos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que enfrentam taxas alarmantes de risco de suicídio.

Estudos apontam que 66% das pessoas autistas já pensaram ou ainda pensam em suicídio em algum momento da vida, e até 35% já planejaram ou tentaram. Além disso, pessoas com TEA são até quatro vezes mais propensas a sofrer de depressão.

Psicóloga e analista do comportamento Maria Laura Martim. Foto: Reprodução/TV TODO DIA

Vulnerabilidades e sinais de alerta
A psicóloga e analista do comportamento, Maria Laura Martim, explica que fatores como comorbidades (ansiedade, TDAH, depressão), isolamento social, desemprego e sensação de inutilidade aumentam a vulnerabilidade. Mudanças bruscas de comportamento, abandono de atividades de interesse e relatos de desesperança são sinais de alerta.

Caminhos para a prevenção
Ainda não há no Brasil políticas específicas para prevenir o suicídio em adultos autistas, mas especialistas apontam que psicoterapia, acompanhamento psiquiátrico e fortalecimento da rede de apoio são fundamentais.
Para familiares e amigos, escuta ativa, acolhimento e validação dos sentimentos são atitudes essenciais, além de ter sempre à mão contatos de emergência, como o CVV (188) e o SAMU (192).

Com empatia, informação e acolhimento, é possível reduzir o risco de suicídio entre adultos autistas e criar um ambiente mais seguro e inclusivo para todos.

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