A cidade de Sumaré completa 155 anos no dia 26 de julho de 2023, com uma área de 153,465 km² e 279.546 habitantes, sendo a segunda cidade mais populosa da RMC (Região Metropolitana de Campinas), segundo o IBGE.
Para contar sobre a história do município, a Rede TodoDia entrevistou o historiador Francisco Antonio de Toledo, autor de diversos livros que retratam o caminho que a cidade percorreu até os dias atuais, como a obra “Uma história de Sumaré” e “Cidade Orquídea”.
O pesquisador, também conhecido como Professor Chico, contou que a trajetória de Sumaré começou com as sesmarias. “As sesmarias eram terras que o governo português doava aos seus políticos e pessoas influentes. Eram terras muito grandes, com 5 mil alqueires, 6 mil alqueires… Nessa região, foram doadas várias sesmarias, e com o passar dos tempos, as terras foram sendo divididas entre os herdeiros e vendidas também, e muitas dessas sesmarias viraram fazendas”, explicou Francisco.
As fazendas passaram a constituir a região, com ênfase às plantações de café, que impulsionaram o crescimento do local. No dia 26 de julho de 1868, a capela dedicada à Nossa Senhora de Sant’Ana é inaugurada e estabelece a fundação de Sumaré. Já no ano de 1875, a estação Companhia Paulista de Estradas de Ferro começa a funcionar, aumentando ainda mais o povoado. A estação recebeu o nome de Antônio Pereira Rebouças Filho.
“Rebouças é o nome primitivo de Sumaré e o nome de um engenheiro negro, também chefe da construção da ferrovia que saía de Campinas e ia para o interior, essa ferrovia que passa até hoje nas terras de Sumaré”, disse o pesquisador.
A denominação Sumaré surge por meio de um plebiscito, em 1945, em razão de uma legislação brasileira que impedia dois povoados terem o mesmo nome. Com uma cidade chamada Rebouças, no estado do Paraná, o povoado passa a levar o nome de uma orquídea originária da região: Sumaré.
Em 1920, a região começa a contar com energia elétrica, posto policial, iluminação pública, cartório, escola, serviço telefônico, igreja matriz, subprefeitura e pronto-socorro. No ano de 1934, o serviço de abastecimento de água começou a funcionar.
Ainda de acordo com Francisco, após 1950 começaram a surgir muitos migrantes, de todos os estados do Brasil, para trabalharem em Sumaré. No dia 1º de janeiro de 1953, o povoado conquista sua independência de Campinas, com a emancipação político-administrativa.