sexta-feira, 22 novembro 2024

Após ataque e jogador agredido, final da Libertadores é adiada

Mais uma partida postergada. Pela segunda vez, um jogo da final da Copa Libertadores 2018 não ocorre no dia previsto. Nas arquibancadas do Monumental de Núñez, neste domingo (24) se difundia a hipótese de que as energias de ambos times e torcidas contra o confronto são tão grande, que incidentes de ordem climática e humana estavam intervindo.

Na ida da decisão, um verdadeiro dilúvio impediu que o jogo na Bombonera, casa do Boca Juniors ocorresse no sábado. Foi postergada para o domingo e terminou num nervoso 2 a 2.

Neste sábado (24), a mudança aconteceu devido ao ataque de torcedores do River ao ônibus do Boca, no caminho do estádio. Pedras foram jogadas no veículo do clube. Para conter o tumulto, a polícia jogou gás de pimenta, que se espalhou atingindo os atletas.

No estádio Monumental de Nuñez a entrada do público foi tensa, pois havia “barra-bravas” causando distúrbios, policiais agindo com violência e até policiais que desconfiavam das credenciais de imprensa –algumas foram rasgadas e os profissionais mandados para casa, o pior estaria por vir.

Assim como o jogo de ida, só torcedores do time da casa – o River Plate, neste sábado- puderam ir ao estádio.
Após o incidente, na chegada ao estádio, o Boca imediatamente afirmou que não jogaria a partida. A Conmebol usou a estratégia de postergar o jogo para as 19h (horário de Brasília) e depois para as 20h15. Enquanto isso, dois dos jogadores eram enviados para um hospital próximo. O capitão do time, Pablo Perez, tinha vidros nos olhos.

A torcida, que vinha cantando e agitando bandeiras, foi ficando em silêncio, e depois de um tempo começaram a abrir-se espaços nas arquibancadas, com gente deixando o estádio. Fora do estádio, a polícia cercava o local e tentava dissuadir a multidão de torcedores que aí esperavam o jogo e que atuavam com violência.

Após os dois adiamentos, a Conmebol confirmou a remarcação do jogo para domingo, às 18h.

“Há um pedido de ambos os clubes, um acordo de cavalheiros. Prima o sentido comum, a partida será jogada amanhã [domingo] no Monumental”, disse o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.

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