Em audiência de instrução realizada ontem no TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), o ex-técnico do São Carlos, Luiz Muller, não compareceu para prestar esclarecimentos sobre o teor da denúncia do Rio Branco. O clube americanense alega que o São Carlos contratou o técnico Omar Curi na reta final da Série A-3 do Campeonato Paulista sem quitar suas dívidas trabalhistas com o antigo técnico, Muller, que deixou o clube após o fim da 15ª rodada. A “esperança” do Tigre é que o time adversário perca pontos por conta do imbróglio, o que faria com que o time de Americana permanecesse na Série A-3.
Para o integrante do departamento jurídico do Rio Branco, Eder Duarte, a ausência tanto de Luiz Muller quanto de representantes do São Carlos trazem perspectiva positiva. “Como eles não compareceram não conseguiram juntar prova contrária”, afirmou o advogado.
Segundo o defensor jurídico do Tigre, o contrato existente nos autos não contém a assinatura de Luiz Muller e nem de qualquer dirigente do São Carlos. “Estou otimista. Agora o julgamento será em cima daquilo que existe no processo. A procuradoria vai determinar um relator para o inquérito e vai verificar se cabe a denúncia. Aumentaram nossas chances”, arrematou.
Se o São Carlos conseguir vitória em uma das três comissões disciplinares que compõem o TJD, tanto o procurador designado para o caso quanto os envolvidos diretamente podem apelar ao pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Caso ocorra obrigatoriedade do São Carlos quitar a dívida com Muller, abre-se a possibilidade do time perder pontos e o Tigre ultrapassá-lo.
O São Carlos terminou na 8ª posição com 29 pontos, enquanto o Tigre ficou no 15º lugar, sendo rebaixado com 20 pontos.
