Rio Branco promoveu uma série de avaliações para a montagem dos elencos das categorias de base de 2026 nas duas últimas semanas. Em busca de uma oportunidade, crianças e adolescentes se inscreveram e foram ao Estádio Décio Vitta para participar das atividades.
As avaliações aconteceram nas categorias sub-9 a sub-17, para descobrir novos talentos e repor as saídas de jovens negociados com outros clubes. Segundo a diretoria do Rio Branco, o ano de 2025 foi de recordes nas negociações das categorias de base, com atletas de 13 a 18 anos sendo transferidos para equipes como Palmeiras, São Paulo e Cruzeiro.
“Para nós, o mais importante é a formação e a consequência do trabalho desse processo são as negociações […] No Campeonato Paulista, todas as nossas categorias passaram de fase, competimos com clubes grandes, e a consequência desse bom trabalho são os resultados, que na nossa ideia como trabalho não é o mais importante, mas é uma consequência da formação”, disse Victor Barreto, técnico do Sub-15 do clube.
O teste em campo
Dentro das quatro linhas, é o sonho em jogo e o coração na ponta da chuteira. As avaliações aconteceram em uma partida entre os garotos inscritos. Cada um informa a posição em que joga, e a comissão técnica faz a divisão dos times para o jogo em campo reduzido.
Segundo a comissão técnica, o primeiro teste é feito em dimensões menores do campo justamente para aumentar a recorrência de toques na bola e diminuir o desgaste físico.
Coordenador das categorias sub-11 a sub-17 e responsável pela logística das avaliações, Bruno Bonani afirma que o teste acontece no Estádio Décio Vitta para ambientar os jovens ao clube. “A gente coloca limites de participantes, tem hidratação, tem ambulância. Realmente, uma estrutura digna de uma avaliação bem organizada, de um clube grande como é o Rio Branco”, afirmou.

Cuidado na resposta
Os garotos que participaram dos testes não saíram de campo com a resposta imediata sobre a aprovação. O clube prefere informar o resultado depois, para evitar qualquer tipo de constrangimento ou desmotivação entre os participantes.
“Nós sabemos que, dos mil e tantos meninos que estão sendo avaliados, vai ser um número muito pequeno que vai ser aproveitado. Mas isso também faz parte do processo. Então nós sempre falamos para eles que, de repente, aqui não foi o momento, não aconteceu, mas que ele busque uma outra oportunidade”, disse Barreto.
Até mesmo no Rio Branco a oportunidade segue aberta. Bonani conta que há garotos que fizeram até três testes para conseguir fazer parte do elenco. “A gente fala bastante para os meninos que o funil é muito estreito. Alto rendimento é difícil mesmo, não é todo mundo que consegue, mas tem que estar preparado”, explicou.
Novas oportunidades
Durante o ano, o Rio Branco realiza três períodos de avaliações em busca de novos jogadores. A última delas acontece sempre no Estádio Décio Vitta, enquanto as outras são promovidas nos meses de abril e agosto em cidades da região.





